Em meio aos preparativos para o Enem, muitos estudantes buscam referências culturais que enriqueçam suas redações e argumentações. Os vencedores do Oscar deste ano, mais uma vez, demonstram que o cinema é uma poderosa fonte de repertório sociocultural. Com histórias que abordam dilemas éticos, questões políticas e críticas sociais, essas obras destacam-se como ferramentas valiosas de inspiração para o exame.
Produções premiadas como “Ainda Estou Aqui”, “Conclave” e “A Substância” oferecem análises profundas de temas como repressão política, ética institucional e padrões estéticos. Essas narrativas não apenas estimulam o pensamento crítico, mas também promovem discussões que podem ser encaixadas em possíveis temas de redação do Enem.
O que você vai ler neste artigo:
Relações entre cinema e temas do Enem
“Ainda Estou Aqui” e a memória histórica
Vencedor na categoria de Melhor Filme Internacional, “Ainda Estou Aqui” é uma obra que traz à tona reflexões sobre a ditadura militar, um capítulo deslocante da história brasileira. A narrativa sensível da violência psicológica sofrida pela família de Eunice Paiva, cuja luta resistiu ao desaparecimento do marido, ressalta a importância de preservar a memória histórica.
Essa visão pode ser integrada ao contexto de redações sobre direitos humanos, repressão política e até sobre a necessidade de análise crítica do passado para evitar repetição de autoritarismos. Utilizar o filme como referência pode fortalecer ideias em temas envolvendo justiça de transição ou comissões de verdade.
“Conclave” e os dilemas éticos
Na categoria Melhor Roteiro Adaptado, o filme “Conclave” mostra como disputas internas de poder podem revelar disputas éticas como pano de fundo. Explorando a política por trás da eleição de um novo Papa, a trama discute questões morais e práticas de manipulação.
Essa abordagem pode ser útil para discutir no Enem questões sobre ética na política ou até sobre a influência de estruturas hierárquicas em instituições tradicionais. É um recurso valioso para justificar a importância de líderes exemplares e preparados para os desafios modernos.
“A Substância” e a pressão estética
Na categoria Melhor Maquiagem e Penteado, “A Substância” critica o etarismo e os padrões de beleza impostos às mulheres. A jornada de Elisabeth Sparkle expõe a obsessão pela juventude, evidenciando a exploração social em torno dessa pressão estética. No contexto do Enem, esse filme se encaixa perfeitamente em debates sobre corpo e sociedade, objetificação da mulher e impactos psicológicos do culto à aparência.
Além disso, o horror psicológico do filme serve como metáfora para as consequências irreversíveis de padrões irrealistas, que podem ser exploradas em temas acerca de mídia e padrões sociais.
A aplicação dos temas no Enem
Os três filmes mencionados se destacam por abordagens profundas e atuais, que podem ser relacionadas diretamente aos eixos temáticos explorados no Enem. Ao utilizá-los como repertório, é crucial conectar suas narrativas às propostas da coletânea e, principalmente, ao recorte do tema da redação.
- “Ainda Estou Aqui”: Referência central para temas históricos e de memória social.
- “Conclave”: Ferramenta crítica sobre ética, política e instituições.
- “A Substância”: Insight para debater padrões estéticos e impactos sobre a saúde mental.
Ao incluir esses filmes na argumentação, o estudante demonstra não só conhecimento sociocultural, mas também uma visão ampla conectada às demandas do cotidiano e à análise crítica solicitada pela banca examinadora.
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