Início » Livros marcantes que já apareceram no Enem

Livros marcantes que já apareceram no Enem

Publicado em

A prova do Enem costuma surpreender com a abordagem de temas relevantes de forma interdisciplinar. Entre os conteúdos que se destacam em diferentes áreas do conhecimento, algumas obras literárias contemporâneas ganharam espaço nas edições passadas.

Esses livros não apenas enriqueceram a prova, mas também ajudaram os candidatos a refletirem sobre cultura, sociedade, história e questões existenciais. Abaixo, confira quatro títulos recentes que já apareceram no exame.

Inscreva-se em nossa newsletter

Receba notícias sobre vestibulares, materiais de estudo gratuitos e informações relevantes do mundo da educação.

*Ao enviar os dados você concorda com a nossa Política de Privacidade e aceita receber informações adicionais.

“Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus

Publicado em 1960, “Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada” é uma obra baseada nos registros pessoais da catadora de papéis Carolina Maria de Jesus. Nascida em Minas Gerais e moradora da favela do Canindé, em São Paulo, a autora documentou de forma visceral sua rotina marcada pela fome, violência e discriminação.

Com linguagem simples e direta, o livro ganhou notoriedade internacional e foi traduzido para mais de dez idiomas. Sua presença no Enem reforça a importância de refletir sobre desigualdade social, racismo estrutural e invisibilidade das populações periféricas. São questões frequentemente abordadas na redação e nas ciências humanas.

Além do aspecto literário, a obra é valiosa como documento histórico e social. Seu destaque em questões do Enem se encaixa nas transversais exigências da prova, como o respeito aos direitos humanos e o olhar crítico sobre a sociedade brasileira.

Redação Nota 1000 no Enem

O seu guia completo por apenas R$ 19,90!

“Torto Arado”, de Itamar Vieira Junior

O romance premiado de Itamar Vieira Junior se tornou leitura obrigatória para quem busca compreender os contrastes do Brasil rural. Lançado em 2019, “Torto Arado” conquistou prêmios importantes, como o Jabuti e o Oceanos, e rapidamente entrou para o radar dos vestibulares.

A obra acompanha a história de duas irmãs no sertão da Bahia e retrata com profundidade temas como a luta quilombola, manutenção de tradições religiosas afro-brasileiras, resistência camponesa e o direito à terra. Sua trama entrelaça elementos do realismo mágico com a crítica social, oferecendo ao leitor uma rica experiência de leitura.

No Enem, temas relacionados à questão agrária, exclusão social e identidade cultural são recorrentes, tornando a narrativa altamente relevante. A abordagem sensível aos elementos históricos e mitológicos brasileiros amplia sua pertinência como material interpretativo e sociocultural.

“Ponciá Vicêncio”, de Conceição Evaristo

Nesta obra, Conceição Evaristo constrói a trajetória de Ponciá, uma mulher negra impactada pelas marcas da escravidão e do racismo estrutural. Migrante do campo para a cidade, a protagonista experimenta solidão, preconceito, pobreza e apagamentos identitários.

“Ponciá Vicêncio” é um exemplo da chamada escrevivência — termo criado pela própria autora para descrever uma literatura comprometida com as experiências vividas da população negra, especialmente das mulheres. A sensibilidade da narrativa se destaca na construção da memória e da subjetividade, enquanto dialoga com feridas históricas ainda abertas no Brasil.

A presença da obra em vestibulares e no Enem evidencia a valorização de vozes antes negligenciadas. O exame tem incorporado, cada vez mais, produções de autores marginalizados, potencializando o debate sobre equidade, inclusão e enfrentamento ao racismo.

“A Culpa é das Estrelas”, de John Green

A presença deste romance juvenil norte-americano no Enem surpreendeu muitos candidatos. “A Culpa é das Estrelas” apareceu em uma questão de língua inglesa, demonstrando como o exame também acompanha fenômenos da cultura pop para testar habilidades de leitura e interpretação do idioma.

A história de Hazel e Augustus, dois adolescentes com câncer que enfrentam a finitude da vida e se apaixonam, aborda temas como autonomia, saúde, empatia e existência. Embora seja uma narrativa leve e sensível, desperta reflexões profundas sobre viver com dignidade e amar apesar dos desafios.

Ao integrar um best-seller contemporâneo em seu conteúdo, o Enem mostrou que também valoriza referências culturais com apelo popular. Isso torna o exame mais acessível e reconhece a diversidade de leitores entre os estudantes brasileiros.


Esses títulos ajudam a ampliar repertórios e desenvolver pensamento crítico — habilidades chave tanto para a redação como para as demais áreas da prova. Familiarizar-se com eles é mais do que se preparar para o Enem: é também abrir os olhos para temas urgentes e transformadores.

Leia também:

Publicações Relacionadas

Ao continuar a usar nosso site, você concorda com a coleta, uso e divulgação de suas informações pessoais de acordo com nossa Política de Privacidade. Aceito