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Concordância verbal: sujeito composto e sujeito oracional na prática

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A correta aplicação da concordância verbal é um dos pilares para a clareza e precisão na língua portuguesa. Dominar as nuances da relação entre o verbo e o sujeito é essencial para evitar ambiguidades e garantir a gramática impecável em qualquer comunicação.

Este artigo desvenda as particularidades da concordância verbal quando o sujeito da oração se apresenta de forma composta ou na estrutura de uma oração subordinada substantiva, ou seja, um sujeito oracional. Compreender esses casos especiais é crucial para a fluidez textual e fundamental para quem busca 5 questões muito fáceis de língua portuguesa que já caíram no Enem.

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Dominando a concordância verbal com sujeito composto

A concordância verbal com sujeito composto é uma área da gramática portuguesa que frequentemente gera dúvidas, mas é fundamental para a construção de frases corretas. Um sujeito composto ocorre quando a oração possui dois ou mais núcleos que realizam a ação verbal, exigindo atenção especial à forma como o verbo deve se flexionar.

Geralmente, quando o sujeito composto é formado por elementos da mesma pessoa gramatical e precede o verbo, a regra básica é que o verbo vá para o plural. Por exemplo, ao dizer “João e Maria foram passear no bosque”, percebe-se a flexão plural do verbo “ir” para concordar com os dois núcleos do sujeito, “João” e “Maria”. Da mesma forma, em “Ela e ele são namorados há anos”, o verbo “ser” assume a forma plural para acompanhar a dupla de sujeitos.

Contudo, a situação se torna um pouco mais elaborada quando os núcleos do sujeito composto pertencem a diferentes pessoas gramaticais. Nesses casos, a concordância verbal segue uma hierarquia de prioridades: a primeira pessoa (eu/nós) prevalece sobre a segunda (tu/vós/vocês), e a segunda prevalece sobre a terceira (ele/ela/eles/elas). O verbo, então, é conjugado na pessoa plural correspondente à prioridade mais alta.

Assim, em “Eu e ele seremos amigos”, a presença da primeira pessoa do singular (“eu”) com a terceira (“ele”) resulta na primeira pessoa do plural (“nós”) para o verbo “ser”. Similarmente, se o sujeito for “Tu e ele“, o verbo pode se apresentar na segunda pessoa do plural (“vós vos tornareis amigos”) ou na terceira pessoa do plural, com o uso do pronome de tratamento (“vocês se tornarão amigos”).

Casos específicos de sujeito composto na concordância verbal

Um ponto que demanda atenção na concordância verbal com sujeito composto é quando o sujeito aparece posposto ao verbo, ou seja, depois dele. Esses cenários são frequentemente explorados em questões de língua portuguesa, oferecendo uma dupla possibilidade de concordância. O verbo pode ser flexionado no plural para concordar com todos os núcleos, como em “Chegaram João e Maria à festa”. Alternativamente, o verbo pode concordar com o núcleo mais próximo, adotando o singular, como em “Chegou João e Maria à festa”.

Ambas as formas são consideradas gramaticalmente corretas, embora a concordância verbal no plural seja a mais comum e geralmente preferida em contextos formais por manter a coesão com a totalidade do sujeito.

Ainda, é importante observar a estrutura dos elementos que compõem o sujeito. Se os núcleos do sujeito composto são sinônimos ou expressões explicativas, o verbo tende a concordar com o primeiro elemento ou com o sentido geral, dependendo do contexto. A complexidade dessas regras de concordância exige prática constante e uma compreensão aprofundada da gramática portuguesa.

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Entendendo a concordância verbal com sujeito oracional

A concordância verbal assume uma característica bastante particular quando o sujeito da oração é, ele próprio, uma oração. Estamos falando do sujeito oracional, que consiste em uma oração subordinada substantiva subjetiva. Nesses casos, o verbo da oração principal que se relaciona a esse sujeito oracional segue uma regra bastante clara e, felizmente, mais simples que a do sujeito composto.

A regra fundamental para a concordância verbal com sujeito oracional é que o verbo da oração principal deve ser conjugado na terceira pessoa do singular. Essa regra se aplica independentemente da complexidade ou do conteúdo da oração subordinada que funciona como sujeito. Um exemplo clássico é “Que ele estude é necessário”. Aqui, a oração “que ele estude” é o sujeito do verbo “é”, que está na terceira pessoa do singular. Outro exemplo que ilustra bem essa regra é “Que venha é desejável”, onde a oração “que venha” atua como sujeito do verbo “é” (desejável).

Diversas situações comuns envolvem o sujeito oracional, especialmente com verbos que expressam necessidade, desejo ou conveniência. Verbos como “bastar“, “convir“, “faltar“, “parecer” e “importar” são frequentemente encontrados em construções com sujeitos oracionais e, conforme a regra geral, o verbo principal concorda na terceira pessoa do singular.

Por exemplo, em “Basta que você se esforce“, o verbo “bastar” está no singular, concordando com a oração subjetiva. Da mesma forma, em “Convém que todos compareçam“, a concordância verbal se mantém no singular. Essa estrutura também aparece em exercícios de interpretação de texto, demonstrando sua importância em diferentes contextos linguísticos.

Exemplos práticos da concordância verbal com sujeito oracional

Mesmo em contextos aparentemente mais complexos, a lógica da concordância verbal com sujeito oracional permanece inalterada. Frases como “Parece que a situação não é fácil” exemplificam a aplicação da regra, onde o verbo “parecer” está no singular, mesmo que o conteúdo da oração subjetiva se refira a uma situação intrincada. A gramática portuguesa padroniza essa construção para manter a uniformidade e a clareza.

É imperativo memorizar essa regra específica, pois a tentação de flexionar o verbo principal no plural (se o sujeito oracional tiver um sentido plural) pode levar a erros comuns. A oração subordinada substantiva subjetiva é tratada como um bloco único no que diz respeito à concordância verbal, sempre exigindo a terceira pessoa do singular para o verbo que a rege.

Compreender essas nuances é especialmente importante para estudantes que se preparam para estratégias de estudo eficazes, já que a concordância verbal é tema recorrente em provas e concursos.

Aplicação prática das regras de concordância

Em resumo, a concordância verbal com sujeitos compostos geralmente direciona o verbo para o plural, com especial atenção à posição do sujeito e à pessoa gramatical de seus núcleos. Por outro lado, com sujeitos oracionais, a regra é mais direta: o verbo da oração principal sempre se posiciona na terceira pessoa do singular.

Dominar essas regras de concordância é fundamental para a construção de textos coesos e gramaticalmente corretos, garantindo a expressividade e a precisão da comunicação em português. A prática constante e a observação atenta desses padrões ajudam a consolidar o conhecimento e evitar os erros mais frequentes em situações formais de escrita e comunicação.

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