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Vícios de linguagem: entenda o que é pleonasmo, barbarismo e cacofonia

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A clareza e a precisão na comunicação são pilares essenciais para qualquer forma de expressão. No entanto, muitas vezes, a eficácia de uma mensagem pode ser comprometida por vícios de linguagem que, embora comuns, desviam da norma culta e prejudicam a inteligibilidade.

Entender e evitar esses desvios é fundamental para garantir uma redação impecável e uma comunicação eficiente, seja no ambiente profissional ou acadêmico. Pleonasmo, barbarismo e cacofonia representam desafios significativos nesse percurso, especialmente para estudantes que precisam dominar a norma culta em provas importantes.

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A importância de evitar os vícios de linguagem

A maestria da língua portuguesa é um diferencial que transcende a esfera acadêmica, sendo crucial para a credibilidade e o sucesso em diversas áreas profissionais. Quando a escrita ou a fala apresentam erros gramaticais, a mensagem pode perder força, e a imagem do comunicador, ser prejudicada. Por essa razão, a vigilância contra os vícios de linguagem é constante.

A busca por uma redação clara e sem ambiguidades é incessante. Textos com repetições desnecessárias, palavras mal empregadas ou sonoridades desagradáveis não apenas tornam a leitura cansativa, mas também podem levar a interpretações equivocadas, comprometendo a eficácia da comunicação. Para candidatos que buscam excelência em questões muito fáceis de língua portuguesa, o domínio desses conceitos é fundamental.

Ademais, no cenário atual, onde a informação é vasta e a atenção, escassa, a capacidade de expressar ideias com correção e fluidez é um valor inestimável. Vícios de linguagem funcionam como ruídos que impedem a mensagem de chegar ao destinatário com a clareza desejada, exigindo um esforço adicional para a compreensão.

Portanto, para quem almeja excelência na língua portuguesa, seja como redator, jornalista ou qualquer profissional que dependa da palavra, o estudo e a prática para eliminar esses deslizes são imperativos. Reconhecer pleonasmos, barbarismos e cacofonias é o primeiro passo para construir um discurso mais elegante e eficiente.

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Pleonasmo: a redundância que empobrece o texto

O pleonasmo vicioso é, sem dúvida, um dos vícios de linguagem mais reconhecíveis e, ironicamente, um dos mais praticados. Ele se manifesta como a repetição desnecessária e redundante de uma ideia já expressa, seja por um verbo ou por uma palavra no contexto da frase. Embora existam pleonasmos estilísticos aceitáveis para ênfase (como “ver com os próprios olhos”), a forma viciosa apenas empobrece o texto.

Este tipo de erro não adiciona valor semântico à frase; pelo contrário, torna-a prolixa e desajeitada. A informação que se pretende transmitir já está contida em um dos termos utilizados, tornando o segundo elemento dispensável e redundante. O resultado é uma falta de fluidez que dificulta a leitura e demonstra descuido com a norma culta.

Os exemplos clássicos de pleonasmo são bastante elucidativos e frequentemente citados como alerta para essa falha na língua portuguesa. Frases como “subir para cima”, “entrar para dentro” e “hemorragia de sangue” são ilustrações perfeitas de ideias já implícitas nos verbos “subir”, “entrar” e no substantivo “hemorragia”, que por si só já significa sangramento.

A identificação e correção de pleonasmos exigem atenção à estrutura das frases e ao significado das palavras. Evitar essa redundância é crucial para a redação de textos concisos e claros, que respeitem a inteligência do leitor e garantam uma comunicação eficaz e sem desvios. Para estudantes interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre figuras de linguagem, o estudo do pleonasmo é essencial.

Barbarismo: a incorreção que desvia da norma culta

O barbarismo abrange um conjunto de erros gramaticais que se manifestam no uso incorreto da língua portuguesa em diversos níveis. Ele pode ocorrer na pronúncia, ortografia, morfologia ou semântica das palavras, caracterizando um desvio significativo da norma culta e comprometendo a qualidade da comunicação.

Na esfera fonética, o barbarismo aparece quando há erro de pronúncia, como no popular “pobrema” em vez de problema, ou “asterístico” no lugar de asterisco. Erros de acentuação também se encaixam aqui, por exemplo, a pronúncia de “gratuíto” quando o correto é gratuito, com a sílaba tônica em “tui”.

Já na ortografia, o barbarismo se revela na grafia incorreta das palavras. Exemplos como “geito” em vez de jeito, “excessão” no lugar de exceção são comuns. A morfologia também pode ser afetada quando se utiliza a forma flexionada incorreta de um verbo ou substantivo, como “seje” em vez de “seja”.

Finalmente, o barbarismo semântico ocorre quando uma palavra é empregada com um significado inadequado para o contexto. Um caso clássico é o uso de “meus comprimentos” quando o correto seria meus cumprimentos, demonstrando a confusão entre termos homônimos ou parônimos. A atenção a esses detalhes é vital para evitar vícios de linguagem e assegurar a credibilidade do texto.

Cacofonia: quando a sonoridade prejudica a mensagem

A cacofonia é um dos vícios de linguagem que se manifesta não pela incorreção gramatical isolada, mas pela junção de sons entre palavras consecutivas, gerando uma combinação sonora desagradável, ininteligível ou, em alguns casos, até obscena. Esse fenômeno pode surpreender o ouvinte ou leitor, dificultando a compreensão e, por vezes, causando desconforto ou riso inoportuno.

Esse vício não está ligado diretamente ao sentido das palavras individualmente, mas sim ao resultado fonético do seu encadeamento. A pronúncia rápida ou desatenta de certas sequências pode criar “ruídos” na comunicação, tornando a frase menos fluida e mais difícil de ser assimilada. A beleza da língua portuguesa reside também na sua sonoridade, e a cacofonia a compromete.

Um exemplo clássico e popularmente conhecido é a combinação de palavras que formam “por cada”, que soa como “porcada”. Outras construções, como “ela tinha” (elatinha), “boca dela” (bocadela), ou “vi ela” (viela), também ilustram como a junção de sílabas pode produzir termos que, fora de contexto, adquirem um sentido completamente diferente e, por vezes, pejorativo.

Para evitar a cacofonia, é fundamental que o redator ou falante desenvolva a sensibilidade para “ouvir” o próprio texto. A releitura em voz alta é uma excelente ferramenta para identificar essas combinações indesejadas e reformular as frases, garantindo uma redação mais harmoniosa e uma comunicação sem distrações sonoras, eliminando um dos vícios de linguagem mais sutis. Estudantes que desejam aprimorar suas habilidades podem consultar conectivos para redação para criar textos mais fluidos.

Para facilitar a compreensão dos vícios de linguagem abordados, a tabela a seguir resume as suas principais características:

Vício de Linguagem Definição Exemplos
Pleonasmo vicioso Repetição desnecessária e redundante de uma ideia já expressa Subir para cima; Hemorragia de sangue; Entrar para dentro
Barbarismo Uso incorreto de palavras na pronúncia, ortografia, morfologia ou significado pobrema (problema); gratuíto (gratuito); meus comprimentos (cumprimentos)
Cacofonia Junção sonora desagradável ou obscena entre palavras ou sílabas contíguas no discurso Combinações como “por cada” (porcada), “boca dela” (bocadela)

Em suma, a proficiência na língua portuguesa exige uma atenção constante aos detalhes que compõem a redação e a comunicação. A erradicação de vícios de linguagem como pleonasmo, barbarismo e cacofonia não é apenas uma questão de correção gramatical, mas um passo essencial para a construção de mensagens claras, coerentes e impactantes, que alcancem seus objetivos sem ruídos ou ambiguidades. A vigilância e o aprimoramento contínuo são as chaves para uma expressão linguística de excelência, especialmente importante para quem busca sucesso em dicas essenciais para fazer uma redação nota máxima.

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