A Universidade de Brasília (UnB) retomará a utilização do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) como forma de ingresso a partir de 2026. A decisão foi aprovada de forma unânime pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) da instituição.Com isso, a UnB volta a integrar o sistema do governo federal após seis anos fora, período em que utilizou um processo seletivo interno com base no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
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Motivos para a volta ao Sisu
A principal motivação para a retomada do Sisu foi o crescimento das vagas ociosas e o aumento da evasão em cursos superiores da UnB. Segundo informações da própria universidade, a utilização de um processo seletivo próprio não conseguiu suprir totalmente a demanda por novas matrículas. O Sisu, ao permitir ampla concorrência nacional com base nas notas do Enem, amplia o alcance da instituição e facilita o preenchimento de vagas.A mudança busca ainda promover maior inclusão, já que o Sisu centraliza o ingresso em instituições públicas e permite que estudantes de todo o Brasil concorram de forma mais democrática às oportunidades oferecidas em universidades federais.
Como funcionará a seleção para 2026
Apesar da decisão estar oficializada, a universidade ainda não divulgou o número de vagas que serão oferecidas por meio do Sisu em 2026. A expectativa é que haja uma definição nos próximos meses, detalhando também como será a distribuição por cursos, turnos e modalidades de concorrência.Importante lembrar que, segundo as novas regras divulgadas pelo Ministério da Educação, os candidatos poderão utilizar as notas das últimas três edições do Enem para concorrer às vagas, o que amplia as possibilidades de participação no programa.
Impactos para os candidatos
Para quem deseja ingressar na UnB em 2026, essa mudança representa uma reorganização nas estratégias de preparação. O foco deve estar nas provas do Enem, uma vez que a nota obtida será essencial para a candidatura via Sisu. Portanto, além do conteúdo do exame, é necessário atentar-se à nota de corte de cada curso, histórico dos anos anteriores e à política de cotas vigente.A volta da UnB ao Sisu poderá tornar a concorrência mais acirrada em alguns cursos, dado o prestígio da instituição tanto regional quanto nacionalmente. No entanto, oferece também a possibilidade de um acesso mais transparente e abrangente, reforçando o caráter público da universidade.
Histórico recente da UnB no processo seletivo
Desde 2020, a UnB havia se desligado do Sisu e passou a adotar um modelo próprio utilizando a nota do Enem com critérios internos. A justificativa, na época, envolvia maior autonomia sobre o processo de seleção e o desejo de ajustar o perfil dos ingressantes de acordo com as demandas específicas dos cursos.No entanto, com o passar dos anos, verificou-se um aumento crescente de vagas não preenchidas em diversos cursos, mesmo após chamadas regulares e listas de espera. Tal situação levou a um debate interno sobre a eficiência do sistema próprio, culminando na decisão de retorno ao modelo do Sisu.A proposta aprovada pelo Cepe considera também que a visibilidade nacional do Sisu pode aumentar a diversidade do corpo discente da universidade, incentivando candidatos de todo o país a escolherem a UnB como primeira opção.
O que esperar da mudança
A presença da UnB no Sisu 2026 cria novas oportunidades para estudantes de diferentes regiões do Brasil. A expectativa é que os cursos mais tradicionais da instituição — como Direito, Medicina, Engenharia, Relações Internacionais e Ciências Sociais — atraiam candidatos com perfis variados, fortalecendo o ambiente acadêmico.Além disso, a medida pode contribuir diretamente para reduzir os índices de vagas não ocupadas, principalmente em cursos menos procurados ou em turnos alternativos. Essa maior taxa de ocupação é fundamental para o aproveitamento integral da estrutura universitária e da verba pública investida no ensino superior.Por fim, a volta ao Sisu reforça o compromisso da UnB com a política nacional de democratização do ensino superior, valorizando o mérito acadêmico e a equidade no acesso às universidades públicas.
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