As questões que abordam o Estado Palestino e suas implicações históricas frequentemente aparecem em provas como o Enem, exigindo dos candidatos uma compreensão mais profunda sobre as origens e complicações desse conflito. Um estudo conciso e direcionado sobre esse tema pode não apenas melhorar o entendimento do candidato, mas também maximizar suas chances de escolher a alternativa correta em questões relacionadas. Além disso, o conhecimento desses eventos históricos possibilita conectar o passado com o presente, analisando a relevância do tema no cenário geopolítico atual.
O que você vai ler neste artigo:
A origem do problema: A Primeira Guerra Mundial e a queda do Império Turco-Otomano
O conflito em torno da criação de um Estado Palestino remonta ao término da Primeira Guerra Mundial, em 1918, quando o Império Turco-Otomano, que até então controlava a região da Palestina, foi derrotado e desmantelado. Desde então, a Palestina passou a ser administrada pela Inglaterra, sob o mandato da Liga das Nações, uma entidade internacional predecessora da ONU. Esse mandato permitiu à Inglaterra controlar e coordenar a imigração massiva de judeus europeus para a Palestina durante as décadas de 1920 e 1930.
Essa imigração foi impulsionada principalmente pelo movimento sionista, que visava à criação de um estado judeu na região então denominada Palestina. Ao longo dos anos, os judeus foram adquirindo terras por meio de transações muitas vezes mediadas por autoridades britânicas, o que despertou a desconfiança e o temor da maioria árabe residente na região. Os árabes viam essa crescente presença judaica como uma ameaça a suas terras tradicionais e à sua hegemonia cultural e religiosa.
O papel decisivo da Segunda Guerra Mundial
A Segunda Guerra Mundial marcou um ponto de virada crucial para a região da Palestina. Com o genocídio de seis milhões de judeus nos campos de concentração nazistas, conhecido como Holocausto, a pressão pela criação de um estado judeu se intensificou consideravelmente. A Grã-Bretanha, que continuava a manter seu mandato sobre a Palestina, tornou-se um mediador central nas negociações internacionais que, eventualmente, levaram à divisão da Palestina e à criação do Estado de Israel, em 1947.
O reconhecimento de Israel pela Organização das Nações Unidas (ONU), que sucedeu a Liga das Nações, em 1948, não ocorreu sem controvérsia. Desde o início, a Liga Árabe – um conjunto de países árabes vizinhos de Israel, incluindo Egito, Jordânia, Líbano e Síria – se opôs veementemente ao estabelecimento de um Estado judaico em um território que consideravam majoritariamente árabe e muçulmano. A resistência árabe levou imediatamente à eclosão de guerras periódicas, cujas consequências se fazem sentir até os dias atuais.
A fundação da OLP e a Luta pela Palestina
Visando à criação de um Estado Palestino independente, os palestinos, que haviam sido predominantemente expulsos ou marginalizados nas regiões dominadas por Israel, criaram em 1964 a Organização para a Libertação da Palestina (OLP). A OLP, liderada por Yasser Arafat, tornou-se a principal representante dos palestinos e um agente essencial da resistência contra Israel. Nos anos subsequentes, a OLP realizou uma série de ataques e operações militares, numa tentativa de recuperar terras que haviam se tornado parte de Israel.
Apesar das animosidades históricas, Arafat foi o líder palestino que, pela primeira vez, manifestou desejo de reconhecer a existência do Estado de Israel e conviver pacificamente com ele. Esse posicionamento foi formalizado nos Acordos de Oslo, assinados em 1993, marcando um importante passo para a paz. No entanto, a opinião pública entre os palestinos ainda se encontrava dividida. Muitos dos insurgentes, apoiadores do partido Hamas, particularmente na Faixa de Gaza, mantinham uma postura de negação total da legitimidade do Estado de Israel, promovendo ataques terroristas que complicam ainda mais as negociações de paz.
O Enem e as questões sobre o Estado Palestino
As questões sobre o Estado Palestino no Enem, tais como aquelas que apareceram em 2013, frequentemente exigem dos candidatos uma capacidade de compreender não apenas os eventos históricos, mas também o contexto político e geopolítico das ações estabelecidas por entidades internacionais. Por exemplo, na questão de 2013, o Enem abordava o reconhecimento simbólico da Palestina como uma unidade política por uma grande empresa de internet, e pedia aos candidatos que interpretassem a relevância desse movimento.
Na ocasião, a resposta correta destacava justamente a mudança no status político da Palestina no contexto global, demonstrando como pequenos gestos simbólicos podem ter amplas repercussões. Dessa forma, a pergunta exigia mais do que um simples conhecimento, mas sim uma compreensão das interações entre política, economia e cultura internacional.
A questão do Estado Palestino, desde sua origem histórica até as mais recentes tentativas diplomáticas de solução pacífica, é um campo complexo, mas essencial para candidatos preparados para o Enem. Entender as diferentes fases da imigração, as guerras consecutivas e o papel das principais lideranças palestinas e israelenses pode fornecer habilidades analíticas valiosas. Além disso, analisar as diversas iniciativas de mediação e estabelecer uma correlação com o atual contexto mundial são habilidades que não somente auxiliam na resolução de questões de múltipla escolha, mas também na construção de uma visão mais ampla e crítica das dinâmicas geopolíticas globais. Leia também sobre os demais temas de História cobrados no Enem.
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