A realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é um dos momentos mais aguardados por milhões de estudantes brasileiros que buscam ingressar no ensino superior. No entanto, a edição de 2024 trouxe à tona um debate acalorado entre os especialistas em educação sobre uma questão em particular. Durante o primeiro dia de provas, uma questão de Linguagens gerou divergências entre os professores, levantando a possibilidade de anulação pelo Inep, o órgão responsável pelo exame.
A questão em discussão foi a de número 33, da prova verde, que envolvia a interpretação de um texto da escritora Tati Bernardi. Os candidatos foram solicitados a identificar o elemento textual utilizado pela autora para garantir a unidade temática do texto. No entanto, educadores do Curso Anglo identificaram que a questão apresentava duas alternativas plausíveis. A opção C, que indicava a reiteração da palavra "coisa" como o elemento central, e a opção A, que apontava para a intertextualidade com quatro canções de Caetano Veloso, também era considerada válida.
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Opiniões Divididas entre Especialistas
Diante desse impasse, diversas instituições educacionais apresentaram suas interpretações. O Oficina do Estudante optou por considerar a alternativa A como correta, alinhando-se ao entendimento de que as referências às canções criam a unidade temática do texto. Por outro lado, o Curso Poliedro defendeu a alternativa C, enfatizando que, apesar das citações intertextuais, era a reiteração da palavra "coisa" que garantiu a coesão do texto.
Profissionais experientes, como as professoras Thaynara Rodrigues, do colégio Physics, e Márcia Cristina Lembrança, do Magnum, concordaram com o Poliedro, destacando que a repetição das palavras era evidente e clara. Já Luana Signorelli, do Foco Enem, apoiou a alternativa A, argumentando que a reiteração não caracterizava por si só uma unidade temática, mas sim um neologismo usado como exemplo no texto.
Possíveis Decisões do Inep
O cenário envolvendo a questão 33 do Enem 2024 tem suscitado especulações sobre como o Inep irá proceder. A possibilidade de anulação foi levantada, considerando que múltiplas interpretações poderiam ser justificadas. Outra solução poderia ser a aceitação de um duplo gabarito, reconhecendo ambas as alternativas como corretas, o que beneficiaria os candidatos.
A expectativa é que o gabarito oficial, programado para ser divulgado em 20 de novembro, traga uma resolução para essa questão controversa. Enquanto isso, os envolvidos no debate aguardam por ajustes que, se implementados, possam fomentar a confiança e a transparência no processo avaliativo do Enem, um exame crucial para o futuro acadêmico de tantos jovens brasileiros.
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