Filosofia no Enem 2024: top 5 assuntos cobrados na prova

Preparar-se para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) exige dos estudantes uma atenção especial às tendências das provas anteriores, especialmente em disciplinas como Filosofia. Com uma gama diversa de tópicos e pensadores, o exame se concentra em áreas que têm se mostrado recorrentes. No contexto da prova de Filosofia do Enem, cinco tópicos se destacam e são fundamentais para uma preparação robusta: filosofia antiga, filosofia moderna, mal e justiça, filosofia política moderna e o existencialismo. Cada um desses temas contém uma riqueza de conceitos e debates que merecem um estudo aprofundado.

Filosofia antiga

A filosofia antiga é a base do pensamento ocidental e, frequentemente, um foco no Enem. Com origem nos pré-socráticos e se estendendo até Sócrates, Platão e Aristóteles, esse período apresenta as primeiras tentativas de entender o cosmos, a ética e a natureza humana de maneira racional. O exame pode trazer questões que abordam o desenvolvimento do pensamento crítico e as bases da democracia, oriundas desse período. Por exemplo, Platão e sua obra “A República” são frequentemente usados para discutir ideias sobre justiça e o papel do conhecimento.

Dentro desse contexto, os estudantes devem estar preparados para identificar as contribuições marcantes de filósofos como Heráclito e Pitágoras. Questões podem focar na disputa entre o mundo inteligível e o sensível, temas debatidos extensivamente por Platão e Aristóteles. Conhecimentos sobre a dialética socrática também são frequentemente testados, desafiando os alunos a aplicarem esses conceitos às situações cotidianas e às questões modernas.

Filosofia moderna

A transição para a filosofia moderna traz à cena discussões sobre racionalismo e empirismo, campos centrais para pensadores como René Descartes, John Locke e David Hume. Este período é marcado por mudanças significativas nas abordagens filosóficas, colocando em questão a origem do conhecimento e a natureza da realidade. Discernir entre racionalismo e empirismo é crucial, pois o Enem frequentemente busca explorar a linha divisória entre o conhecimento adquirido pela razão versus a experiência.

Immanuel Kant, um crítico notável, contribui com uma perspectiva que procura unir essas correntes, introduzindo o conceito do criticismo. As questões do Enem podem desafiar os alunos a comparar linhagens filosóficas, identificar características únicas de cada pensamento e aplicar esses conceitos a cenários contemporâneos, demonstrando a relevância contínua dessas ideias no mundo atual.

Mal e justiça

O exame mergulha profundamente na filosofia do mal e da justiça, concentrando-se em autores como Michel Foucault, John Rawls e Hannah Arendt. A abordagem de Foucault sobre o poder e a microfísica é fundamental para entender as estruturas sociais e os mecanismos de controle. Portanto, é importante que os alunos sejam capazes de discutir como o encarceramento e a disciplina moldam as sociedades modernas.

Por outro lado, Arendt e suas reflexões sobre a banalidade do mal desafiam os alunos a considerar a responsabilidade individual nas atrocidades históricas. Entender a teoria da justiça de Rawls, que propõe a justiça como equidade, exige um olhar crítico para os princípios de liberdade, diferença e igualdade de oportunidades. As questões podem centralizar-se no entendimento e na aplicação dessas ideias a eventos e dilemas éticos contemporâneos.

Filosofia política moderna

A filosofia política moderna, com Nicolau Maquiavel, Thomas Hobbes, John Locke e Jean-Jacques Rousseau, coloca estudantes frente a diferentes perspectivas sobre o estado, o contrato social e o governo. Maquiavel, em “O Príncipe”, oferece lições práticas sobre liderança e poder que continuam a ser debatidas. As questões podem exigir que os alunos analisem propostas específicas de liderança e suas implicações éticas e políticas.

Os contratualistas, por outro lado, introduzem conceitos sobre o estado de natureza e as motivações humanas no desenvolvimento de sociedades políticas. O Enem frequentemente desafia os estudantes a comparar as visões de Hobbes, Locke e Rousseau, abordando a governança, a liberdade e a justiça social. A compreensão dessas teorias é essencial para discutir e interpretar problemas políticos modernos no Brasil e no mundo.

Existencialismo

Finalmente, o existencialismo, com pensadores como Jean-Paul Sartre e Simone de Beauvoir, explora a liberdade individual, a responsabilidade e a essência do ser humano. Sartre, em sua célebre frase “a existência precede a essência”, desafia os alunos a considerar a verdadeira natureza da liberdade. Beauvoir, por sua vez, avança nas discussões de gênero, oferecendo análises sobre a liberdade e a opressão das mulheres.

No contexto do Enem, as questões sobre existencialismo podem explorar a aplicação desses pensamentos num cenário onde a autonomia pessoal e as escolhas são centrais. O exame pode requerer uma análise crítica de como esses conceitos filosóficos conectam-se com debates atuais sobre identidade e liberdade individual.

Na preparação para a Filosofia no Enem, uma compreensão holística e crítica desses tópicos pode proporcionar aos estudantes uma vantagem significativa. Com uma combinação de estudo detalhado e reflexão crítica, os estudantes podem não apenas atender às exigências da prova, mas também apreciar a profundidade e a aplicabilidade da filosofia no mundo contemporâneo. Saiba como intensificar o seus estudos e arrasar na prova.

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