O mistério e a grandiosidade do universo sempre despertaram a curiosidade de estudantes e cientistas. Entre os fenômenos mais fascinantes está a queda de meteoritos, que frequentemente aparecem em manchetes por sua raridade ou pelo impacto causado em nosso planeta. Mas, afinal, o que é um meteorito e como ele se forma?
Compreender a origem e as transformações desses corpos celestes pode ser uma vantagem estratégica para quem se prepara para vestibulares e o Enem, especialmente nas questões de Ciências da Natureza. Isso porque o tema envolve aspectos de Astronomia, Física, Química e Geologia.
O que você vai ler neste artigo:
O que é um meteorito?
Meteorito é o nome dado ao fragmento de um corpo espacial que conseguiu sobreviver à intensa travessia pela atmosfera e atingiu o solo de um planeta ou satélite. Em geral, trata-se de uma rocha ou pedaço metálico que era parte de um asteroide, cometa ou até mesmo de planetas e luas. Quando eles entram na atmosfera da Terra e resistem ao calor gerado pelo atrito, atingem a superfície, momento em que são oficialmente chamados de meteoritos.
Esses fragmentos podem ter tamanhos diversos, variando desde minúsculos grãos de areia até gigantes blocos de dezenas de toneladas. Apresentam frequentemente uma crosta escura, chamada de crosta de fusão, formada durante o superaquecimento atmosférico, além de fraturas e cavidades características em sua superfície.
Como o meteorito se forma?
A trajetória de um meteorito começa muito antes de alcançar a Terra. Ele se origina de um meteoroide, pequenos fragmentos sólidos liberados de corpos maiores no espaço, como planetas, cometas e, principalmente, asteroides localizados entre Marte e Júpiter. Quando esse meteoroide entra em contato com a atmosfera terrestre, passa a ser chamado de meteoro.
Durante essa entrada, o atrito com os gases atmosféricos gera temperaturas altíssimas, o que causa o brilho intenso observado no céu, fenômeno conhecido como estrela cadente. Se o objeto se desintegrar por completo, é apenas um meteoro. Mas, se alguma parte resistir à combustão e alcançar o solo, essa parte remanescente é o meteorito.
A NASA estima que, em média, apenas 5% da massa original de um meteoroide sobrevive à entrada atmosférica. Isso significa que o que cai na superfície é uma fração durável e resistente o suficiente para suportar a frenagem atmosférica.
Características do meteorito
Há diversas peculiaridades que permitem identificar um meteorito. A mais visível é sua crosta de fusão, normalmente escura e vitrificada, que cobre o corpo resultante da transição pela atmosfera. Além disso, alguns meteoritos apresentam alto teor metálico, como ferro e níquel, fazendo com que sejam muito mais densos do que rochas comuns da Terra.
Outras características importantes incluem:
- Presença de fraturas e cavidades causadas pela passagem atmosférica;
- Superfície irregular ou levemente arredondada;
- Formações internas com estruturas cristalinas distintas;
- Capacidade de atrair ímãs (em tipos que contêm ferro).
Geralmente, meteoritos possuem uma coloração entre cinza-escuro e preto e, mesmo sendo pequenos, são significativamente mais pesados que pedras comuns que encontramos no ambiente terrestre.
Tipos de meteorito
Os meteoritos podem ser classificados de acordo com sua composição em três grandes categorias:
Meteoritos rochosos
Compreendem cerca de 90% dos meteoritos registrados. São compostos predominantemente por minerais silicatados. Entre eles, destacam-se:
- Condritos: Contêm côndrulos, pequenas esferas de material sólido. São os mais abundantes e antigos, com cerca de 4,5 bilhões de anos.
- Acondritos: Não possuem côndrulos e são formados nas superfícies externas de asteroides.
Meteoritos ferrosos
Menos comuns, esses meteoritos apresentam alta concentração de ferro e níquel. São muito densos e, por isso, mais facilmente identificados, especialmente com o uso de ímãs.
Meteoritos ferrosos rochosos
Combinam características dos dois anteriores, possuindo proporções equilibradas de minerais e metais. São formados na transição entre o núcleo e o manto de planetas ou grandes asteroides.
Diferença entre meteorito, meteoro, meteoroide, asteroide e cometa
Entender as terminologias ajuda a não confundir esses fenômenos durante provas e leituras:
- Meteoroide: fragmento rochoso ainda no espaço, antes de entrar na atmosfera.
- Meteoro: efeito luminoso ao entrar na atmosfera, queimando parcialmente o meteoroide.
- Meteorito: pedaço que resiste à queima e cai na superfície terrestre.
- Asteroide: corpo rochoso maior, em órbita principalmente entre Marte e Júpiter.
- Cometa: composto sobretudo por gelo e poeira, possui uma cauda visível quando próximo ao Sol.
Exemplos notáveis de meteoritos
Além dos milhares de pequenos meteoritos já catalogados, alguns se destacam por sua história, tamanho ou impacto:
- Hoba(Namíbia): o maior meteorito já encontrado, com 60 toneladas.
- Chicxulub: responsável, segundo a teoria mais aceita, pela extinção dos dinossauros. Caiu há 65 milhões de anos no atual Golfo do México.
- Erg Chech 002(Saara, 2020): meteorito mais antigo já datado, com 4,6 bilhões de anos.
No Brasil, já foram encontrados cerca de 80 meteoritos. O mais famoso é o meteorito de Bendegó, descoberto na Bahia em 1784, com peso de 5,6 toneladas e formado principalmente por ferro e níquel.
A formação de um meteorito envolve uma longa e intensa jornada pelo cosmos, culminando com sua chegada à Terra após resistir a extremos térmicos e físicos. Estudá-los não apenas ajuda a entender os processos do Sistema Solar, como também fornece pistas sobre a origem do próprio planeta. Portanto, dominar esse conteúdo é essencial para uma boa performance em provas onde o conhecimento científico e interdisciplinar é cada vez mais valorizado.