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Primeira fase do Modernismo no Enem: o que você precisa saber

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Mordernismo no Enem

Quando se trata de Literatura no Enem, a primeira fase do Modernismo se destaca como um dos temas mais recorrentes e relevantes. Entender esse movimento é essencial não apenas para um bom desempenho na prova, mas também para a compreensão da literatura e da cultura brasileira. Esta fase, também conhecida como a “fase heroica”, teve um papel revolucionário na transformação do ambiente artístico e cultural do país. Mas, o que exatamente você precisa saber sobre essa fase do Modernismo para arrasar no Enem? Vamos mergulhar nesse assunto e desvendar os principais pontos!

Contexto social e histórico

Antes de explorar as características literárias, é importante entender o contexto em que a primeira fase do Modernismo surgiu. Os anos que precederam 1922, ano da famosa Semana de Arte Moderna, foram marcados por profundas mudanças na sociedade brasileira. São Paulo se destacava como o principal cenário dessa transformação. A cidade passava por um acelerado processo de industrialização, criando um ambiente propício para o surgimento de uma nova visão cultural, mais cosmopolita e voltada para o futuro.

A Primeira Guerra Mundial havia abalado o cenário europeu, provocando uma reflexão sobre o papel da arte e a necessidade de romper com as tradições do passado. No Brasil, essa ruptura se materializou na Semana de Arte Moderna de 1922, realizada no Teatro Municipal de São Paulo. Esse evento marcou o início do Modernismo no Brasil, reunindo artistas de diversas áreas – literatura, música, artes plásticas, que defendiam a renovação artística e a libertação das amarras conservadoras.

Principais características da primeira fase modernista

Dentro do contexto do Enem, é crucial reconhecer as características marcantes do Modernismo brasileiro em sua fase inicial. Entre essas características, destacam-se:

  • Ruptura com o passado: Os modernistas brasileiros, influenciados pelas vanguardas europeias (como o Futurismo, Cubismo, Expressionismo e Dadaísmo), buscaram romper com as formas e instituições tradicionais de arte.
  • Experimentação estilística: Essa fase foi marcada pela liberdade formal, pela quebra das estruturas tradicionais de versificação e pela criação de uma linguagem mais próxima da oralidade. Poetas como Mário de Andrade e Oswald de Andrade utilizaram uma linguagem coloquial, explorando ritmos e sonoridades do português falado no Brasil.
  • Nacionalismo crítico: Diferente de um nacionalismo ufanista, os modernistas dessa fase buscavam entender e criticar a realidade brasileira, incorporando elementos autênticos da cultura nacional, mas ao mesmo tempo questionando as desigualdades sociais e os problemas do país.
  • Irreverência e humor: Outro traço importante foi o uso do humor, do sarcasmo e da ironia como formas de contestação. O famoso “Manifesto Antropófago” de Oswald de Andrade, por exemplo, utilizou a ideia da “antropofagia” para simbolizar a necessidade de “devorar” as influências estrangeiras, digeri-las e transformá-las em algo original e próprio.

Principais autores e obras

Para o Enem, não basta conhecer as características gerais do movimento; é essencial também identificar seus principais autores e obras. Destaque vai para a tríade modernista:

  • Mário de Andrade: Considerado uma das figuras centrais do movimento, Mário foi um intelectual multifacetado – poeta, romancista, musicólogo, ensaísta. Sua obra poética mais conhecida, Pauliceia Desvairada, é um marco do Modernismo no Brasil e explora a realidade da cidade de São Paulo com uma linguagem experimental.

  • Oswald de Andrade: Com uma postura ainda mais radical, Oswald é autor de manifestos e poesias que sintetizam o espírito da Primeira Fase do Modernismo. Destaca-se o Manifesto Antropófago, que propõe a “antropofagia cultural” como uma forma de libertação do colonialismo cultural europeu.

  • Manuel Bandeira: Apesar de ter um estilo mais sóbrio em comparação com Mário e Oswald, Bandeira foi fundamental para o Modernismo. Obra como Libertinagem (1930) reflete tanto a dor pessoal quanto a experimentação formal.

A importância da semana de Arte Moderna

Não podemos falar da primeira fase do Modernismo sem mencionar a Semana de Arte Moderna. Embora existam algumas controvérsias sobre a sua real importância na prática, o evento se consolidou simbolicamente como o marco inaugural do Modernismo no Brasil. Realizados em três dias (13, 15 e 17 de fevereiro de 1922), os espetáculos e exposições dividiram opiniões, causando tanto aclamações quanto severas críticas. Mas, acima de tudo, abriram espaço para a diversidade estética e para novas concepções artísticas.

A Semana é constantemente tema de questões no Enem. Questões que abordam sua importância tendem a destacar a multiplicidade de manifestações artísticas reunidas no evento, a existência de grupos com propostas distintas e até contraditórias, e a reação do público e da crítica da época. Com isso, é importante não só memorizar datas e nomes, mas também entender o impacto cultural que esse evento teve no Brasil.

Estratégias de leitura e análise para o Enem

Na prova de Literatura do Enem, é comum encontrar trechos de obras da primeira fase modernista acompanhados de perguntas que pedem para relacionar o texto ao contexto histórico ou às características do movimento. Portanto, ao estudar, concentre-se na leitura crítica desses textos e tente identificar os elementos modernistas presentes.

  • Atenção aos manifestos: Esses documentos frequentemente sintetizam a filosofia de um movimento artístico. No caso do Modernismo, o Manifesto Pau-Brasil e o Manifesto Antropófago são leituras obrigatórias.

  • Intertextualidade: Muitos poetas modernistas fizeram referências a outros movimentos, seja para criticá-los ou para dialogar com eles. Saber identificar essas referências pode ser um diferencial na prova.

Dominar a primeira fase do Modernismo é indispensável para quem busca uma boa performance no Enem. Esse período não só revolucionou a arte brasileira, como também marcou o início de uma nova forma de pensar e representar o Brasil. Entender o contexto social, as características estilísticas, os principais autores e as obras é uma estratégia certeira para encarar as questões de Literatura com confiança. Complemente seus estudos e saiba mais sobre os assuntos mais cobrados na Língua Portuguesa e arrase na prova.

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