Coletivos de cães: evite erros e enriqueça o vocabulário

Quando ouvimos a palavra “matilha”, é impossível não imaginar uma cena cheia de energia e movimento, típica de um grupo de cães em ação. Esse é, afinal, o coletivo mais apropriado para designar um conjunto de cachorros.

Mas, além da familiar “matilha”, a língua portuguesa abriga outras opções pouco usadas e até curiosas para se referir a grupos de cães. Assim, conhecê-las pode trazer mais riqueza ao vocabulário e evitar deslizes comuns.

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O que é um substantivo coletivo?

Os substantivos coletivos são termos que indicam um conjunto ou agrupamento de elementos de uma mesma espécie. Em vez de dizer “um grupo de soldados”, usamos “tropa”, já para um conjunto de peixes, “cardume”, enquanto que várias árvores formam uma “floresta”.

Com os cachorros, essa regra também se aplica e, nesse caso, usamos uma palavra específica para descrever uma reunião de cães com precisão linguística.

Qual é o coletivo de cachorro?

O coletivo mais conhecido e amplamente aceito para cachorros é matilha. Esse termo remete, historicamente, aos cães de caça, domesticados para trabalhar em grupo.

A matilha representa, portanto, um conjunto de cães que vivem, se locomovem ou agem juntos, especialmente quando há organização e instinto de grupo, o que se aplica tanto a cães domésticos quanto aos selvagens.

Exemplo em uso:

  • “A matilha seguiu o trilho do animal pela floresta.”
  • “O filhote foi adotado pela matilha sem dificuldades.”

Coletivos menos comuns para cachorro

Apesar de “matilha” ser o termo mais adequado, existem outras palavras coletivas que também podem, em contextos específicos ou regionais, estar atreladas ao grupo de cães:

  • Cachorrada:t ermo mais coloquial, geralmente usado para se referir a um grupo de cães de forma informal (e, às vezes, pejorativa).
  • Canzoada: arcaísmo, caiu em desuso, mas ainda consta como variante no léxico mais rebuscado.
  • Cainça, cainçada e cainçalha: expressões antigas e quase sempre literárias, com uso raro hoje em dia, podendo soar estranhas fora de obras ou contextos históricos.

Apesar de aceitáveis, esses termos são pouco usados no português atual e exigem cautela para evitar ambiguidades ou impressão de excesso de informalidade.

Por que “alcateia” é incorreto?

Muitos confundem o coletivo de cachorros com o coletivo de lobos,”alcateia”. Embora cães e lobos pertençam à mesma família biológica, a linguagem faz distinção entre os contextos e comportamentos desses animais.

“Alcateia” refere-se exclusivamente a lobos. Portanto, dizer “uma alcateia de cachorros” é considerado incorreto e deve ser evitado em redações ou comunicações formais.

Exemplos práticos do uso de “matilha”

Para fixar o conceito de forma clara, veja como o termo aparece naturalmente em frases bem estruturadas:

  • O cão recém-chegado foi rapidamente aceito pela matilha.
  • Durante a tempestade, a matilha buscou abrigo em um celeiro.
  • O adestrador passeava com a matilha pela praça central.
  • A presença de uma matilhanas redondezas assustou os moradores locais.
  • A equipe treinou uma matilha especializada para missões de resgate.
  • A matilha seguiu o cheiro forte da caça entre as trilhas.

O coletivo de cachorro, vai muito além de uma simples curiosidade gramatical. Ele representa uma oportunidade de enriquecer o vocabulário, evitar erros linguísticos e tornar a comunicação mais direta e eficaz. Portanto, ao dominar essas variações, estudantes ganham não só pontos na redação, como também mais recursos na construção argumentativa.

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