A confusão entre “dar” e “dá” é uma armadilha comum na língua portuguesa, especialmente entre estudantes que se preparam para vestibulares e o Enem. Entender a diferença entre esses dois termos não é apenas uma questão de gramática, mas também essencial para a clareza e precisão na comunicação escrita. Neste artigo, vamos explorar as definições, os usos e exemplos que ilustram essas distinções de maneira clara.
Ao abordar o tema, é importante começar pela forma básica, “dar”, que é o infinitivo do verbo. É uma das formas verbais mais versáteis que podemos encontrar na língua portuguesa. Geralmente, essa forma é utilizada em locuções verbais, que combinam verbos e descrevem uma ação que será realizada.
Por outro lado, “dá” é a forma conjugada do verbo na terceira pessoa do singular do presente do indicativo ou na segunda pessoa do singular do imperativo. Essa forma específica é utilizada para indicar ações que estão acontecendo no momento ou que são habituais. Vamos detalhar melhor essas distinções:
Usos do verbo “dar”
Infinitivo Pessoal: O verbo “dar” é mais frequentemente utilizado no infinitivo quando não há um sujeito definido. Isso permite que ele se encaixe em diversas construções verbais.
Exemplos:
- “Vou dar um presente ao meu amigo.”
- “É importante dar atenção aos estudos.”
Regência Verbal: O verbo “dar” pode também ter regência de preposição, o que exige sua forma infinitiva.
Exemplos:
- “A vida pode dar muitas oportunidades.”
- “A prática ajuda a dar confiança.”
Locuções Verbais: A forma infinitiva ajuda a formar locuções, que são sequências de verbos que juntas expressam uma ideia completa.
Exemplos:
- “Estou aqui para dar meu melhor.”
- “Os professores costumam dar apoio extra aos alunos.”
Usos do termo “dá”
Presente do Indicativo: A conjugação “dá” é frequentemente utilizada para descrever ações que acontecem no presente, indicando uma ação em andamento.
Exemplos:
- “Ela dá aulas de matemática.”
- “O filme dá medo em quem assiste.”
Anáfora e Concordância: Pode também ser utilizada para destacar algo que é habitual ou que ocorre em determinadas circunstâncias.
Exemplos:
- “Isso dá uma sensação estranha.”
- “Ele dá sempre o melhor de si nas competições.”
Imperativo: Quando utilizado para instruir ou pedir, “dá” aparece na forma imperativa, indicando uma solicitação direta.
Exemplos:- “Dá uma olhada nesse livro!”
- “Dá isso aqui para mim, por favor.”
Dicas para não confundir as formas
Para evitar a confusão entre “dar” e “dá”, algumas dicas podem ser bastante úteis:
- Identificar a função no contexto: Pergunte-se se a palavra indica uma ação em presente ou se está sendo usada em uma construção verbal.
- Oração com sujeito claro: Se há um sujeito claro na oração, é provável que a palavra correta seja “dá”. Caso contrário, “dar” é a forma a ser utilizada.
- Revisão e prática: Realizar exercícios de gramática e escrever textos que incluam os dois termos pode ajudar a fixar o aprendizado.
A distinção entre “dar” e “dá” é fundamental para a construção de frases corretas e compreensíveis na língua portuguesa. Compreender seu uso adequado permitirá que os estudantes se comuniquem de forma mais eficaz, contribuindo também para o sucesso nas provas e elaboração da redação do Enem. Além disso, a clareza na escrita é um reflexo da competência linguística, uma habilidade essencial em qualquer área do conhecimento.
Portanto, sempre que possível, busque aplicar esses conceitos em sua escrita, para que a diferença entre “dar” e “dá” se torne uma parte natural de sua comunicação. Assim, você estará mais preparado para enfrentar a realidade acadêmica e se destacará em seus estudos.
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