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Qual é o feminino de bicho-preguiça no português

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Imagine a seguinte cena: durante uma aula de biologia ou ao assistir a um documentário, surge a dúvida, como se diz bicho-preguiça no feminino? Parece simples, mas, ao procurar em dicionários tradicionais, a resposta nem sempre está presente. E aí, como resolver essa questão?

Essa curiosidade, embora pareça apenas uma brincadeira linguística, também ajuda a compreender regras importantes da nossa língua. Afinal, conhecer os mecanismos de formação de gênero nos substantivos contribui para ampliar o vocabulário e aprimorar a escrita, habilidades cruciais para quem está se preparando para o vestibular e o Enem.

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Substantivos com gênero fixo

O termo “bicho-preguiça” é composto por dois substantivos: “bicho”, que se refere genericamente a um animal, e “preguiça”, que, neste contexto, alude à espécie. Apesar disso, a expressão inteira é gramaticalmente masculina, usada invariavelmente para fêmeas e machos da espécie.

Por mais que cause estranheza, não se usa “bicha-preguiça”, pois o termo “bicha”, além de carregar conotações diferentes ou pejorativas, não é aceito como forma correta para nomear o animal. Isso ocorre porque “bicho” não varia neste tipo de construção, especialmente quando já faz parte de um nome consolidado.

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Animais e seus gêneros gramaticais

Na Língua Portuguesa, nem todos os animais têm nomes distintos para fêmea e macho. Os substantivos que não variam de forma são chamados de epicenos, eles possuem apenas um gênero gramatical, independentemente do sexo do animal. Exemplos incluem:

  • A baleia— pode ser macho ou fêmea
  • O jacaré— também pode designar macho ou fêmea
  • O peixe-boi, a arara, o avestruz— todos são epicenos

Para indicar o sexo nesses casos, acrescenta-se “macho” ou “fêmea”, tal como em “jacaré fêmea”ou “baleia macho”. O mesmo vale para o bicho-preguiça.

Como a linguagem influencia a ciência e a cultura

A forma como nomeamos os animais está diretamente ligada a aspectos históricos e culturais. No caso do bicho-preguiça, sua lentidão inspirou não só o nome comum, com conotação negativa, como também a cultura popular. O uso de “preguiça” como apelido para pessoas lentas ou desinteressadas nasceu desse imaginário coletivo, o que contribui para a permanência da forma masculina inalterada, inclusive no uso cotidiano.

Além disso, esse tipo de nomenclatura não é exclusivo do português. Outras línguas passam por dificuldades semelhantes ao adaptar os nomes dos animais à variabilidade de gênero, o que mostra o desafio de conciliar natureza, gramática e cultura.

Exemplos e formas corretas de uso

Para esclarecer definitivamente o uso do termo no feminino, observe os exemplos abaixo:

  • A preguiça fêmea ficou com o filhote por seis meses após o nascimento.
  • Durante o passeio no zoológico, vimos um bicho-preguiça macho dormindo nos galhos.
  • Os biólogos estudaram o comportamento da bicho-preguiça fêmea, notando sua proteção aos filhotes.

Em textos científicos, didáticos ou jornalísticos, é mais adequado empregar a forma composta, como “bicho-preguiça fêmea”, mas o uso isolado de “a preguiça”também é perfeitamente aceitável, especialmente quando o contexto claramente indica se está se tratando do animal.

Comparação com outros casos semelhantes

Assim como ocorre com bicho-preguiça, há diversas outras situações em que os nomes dos animais não têm variação de gênero. Veja a tabela abaixo:

Animal Forma masculina Forma feminina Observação
Cavalo Cavalo Égua Gênero do termo varia
Gato Gato Gata Gênero do termo varia
Bicho-preguiça Bicho-preguiça Bicho-preguiça fêmea / Preguiça Substantivo epiceno
Avestruz Avestruz (macho) Avestruz (fêmea) Substantivo epiceno
Baleia Baleia (macho) Baleia (fêmea) Substantivo epiceno
Mico-leão-dourado Mico-leão-dourado Mico-leão-dourado fêmea Substantivo epiceno

A diversidade de regras, apesar de parecer complexa, segue lógicas bem estabelecidas. Ter consciência dessas variações ajuda, inclusive, nas provas de linguagens no Enem, em questões relacionadas a interpretação de texto e uso adequado da norma-padrão.

O que levar para os estudos

Para estudantes que querem destacar-se nos vestibulares, especialmente em questões de português e redação, entender a flexão de gênero nos substantivos é uma habilidade essencial. Isso contribui tanto para uma linguagem mais precisa quanto para uma redação mais clara.

Portanto, quando a dúvida bater, o importante é buscar fontes confiáveis, como dicionários atualizados e autores especializados. Com isso, além de enriquecer seu vocabulário, você também fortalece seus argumentos e evita erros que podem custar pontos em uma prova.

Com base nas explicações acima, fica claro que o feminino de bicho-preguiça é, essencialmente, uma questão de uso conforme a norma culta: diga “bicho-preguiça fêmea” ou simplesmente “preguiça”. Portanto, dominar essas sutilezas linguísticas não é apenas um capricho, é uma vantagem importante para quem busca excelência no Enem e nos principais vestibulares do país.

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