Ligação iônica: o que é, como ocorre e por que cai no Enem

A conquista da vaga na universidade exige compreender em profundidade os conceitos fundamentais das Ciências da Natureza, especialmente quando se pensa em temas frequentemente cobrados no Enem e nos vestibulares. Nesse contexto, entender o que é uma ligação iônica pode fazer toda a diferença na prova de Química.

Este tipo de ligação química está presente na estrutura de diversos compostos, como o sal de cozinha, e é essencial para interpretar propriedades das substâncias formadas a partir da interação entre metais e ametais.

O que é ligação iônica

A ligação iônica, também conhecida como ligação eletrovalente, é um tipo de ligação química em que ocorre a transferência completa de elétrons entre átomos. Costuma acontecer entre um metal e um ametal, com o metal doando e o ametal recebendo elétrons. Essa troca leva à formação de íons: cátions(íons positivos) e ânions(íons negativos), que se mantêm unidos pela atração eletrostática entre cargas opostas.

A estabilidade química é alcançada por meio da regra do octeto, isto é, os elementos buscam completar oito elétrons em sua camada de valência. Por exemplo, o sódio (Na), com um elétron na camada mais externa, doa esse elétron ao cloro (Cl), que necessita de apenas um elétron para completar seu octeto. O resultado é o bem conhecido cloreto de sódio (NaCl).

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Como ocorre a formação de cátions e ânions

Ao realizar a ligação iônica, o átomo metálico se transforma em cátion, devido à perda de elétrons e, consequentemente, à predominância de cargas positivas. Já o átomo ametálico recebe esses elétrons, tornando-se um ânion, com carga negativa.

Exemplo clássico: Cloreto de sódio (NaCl)

  • Sódio (Na): grupo 1A → doa 1 elétron → torna-se Na⁺ (cátion)
  • Cloro (Cl): grupo 7A → recebe 1 elétron → torna-se Cl⁻ (ânion)

Esses íons se atraem fortemente e formam o composto iônico NaCl, um dos exemplos mais simples e recorrentes de aplicação desse conceito.

Principais características das ligações iônicas

As ligações iônicas imprimem aos compostos algumas propriedades físicas e químicas bem marcantes. Dentre as principais, destacam-se:

  • Altos pontos de fusão e ebulição: devido à forte atração entre os íons, é necessário muita energia para separá-los.
  • Estado físico sólido em temperatura ambiente: os íons se organizam em estruturas cristalinas.
  • Conduzem corrente elétrica quando dissolvidos em água ou fundidos: os íons livres em solução aquosa ou em estado líquido permitem a condução de eletricidade.
  • São duros, mas quebradiços: ao sofrer pressão, as cargas semelhantes podem se repelir, causando a fratura do cristal.

Essas propriedades são exploradas em questões interpretativas e práticas, sendo fundamentais para análise de materiais, soluções e processos eletroquímicos.

Tabela com exemplos de compostos iônicos

Fórmula química

Nome do composto

Íons formados

NaCl

Cloreto de Sódio

Na⁺ e Cl⁻

MgCl₂

Cloreto de Magnésio

Mg²⁺ e 2 Cl⁻

Al₂O₃

Óxido de Alumínio

2 Al³⁺ e 3 O²⁻

LiBr

Brometo de Lítio

Li⁺ e Br⁻

CaF₂

Fluoreto de Cálcio

Ca²⁺ e 2 F⁻

Grupos mais propensos a formar ligações iônicas

A tendência de formar esse tipo de ligação está relacionada com a eletronegatividade dos elementos. Em regra:

  • Metais alcalinos e alcalino-terrosos (Grupos 1 e 2): possuem baixa eletronegatividade, tendem a doar elétrons.
  • Halogênios (Grupo 17), Calcogênios (Grupo 16) e Nitrogênio (Grupo 15): têm alta eletronegatividade, tendem a receber elétrons.

Essa polarização favorece a formação de íons com cargas opostas, gerando a atração necessária para criar o composto iônico.

Exceções à regra: Cloreto de ferro (FeCl₃) e metais de transição

Embora as ligações iônicas sigam padrões previsíveis, existem exceções. Um exemplo é o FeCl₃ (cloreto de ferro III). O íon ferro (Fe³⁺), um metal de transição, doa três elétrons para três átomos de cloro (Cl⁻), evidenciando que o número de elétrons transferidos pode variar conforme a distribuição eletrônica dos orbitais do metal e seu número de oxidação específico.

Diferenças entre ligação iônica e covalente

É importante não confundir os dois tipos principais de ligação:

  • Ligação iônica: transferência de elétrons; entre metal e ametal.
  • Ligação covalente: compartilhamento de elétrons; entre dois ametais.

Essa distinção é essencial para identificar corretamente os tipos de interação em compostos, suas propriedades e comportamentos diante de solventes e corrente elétrica.

Portanto, compreender como funcionam as ligações iônicas e identificar suas características permite ao estudante interpretar inúmeras situações-problema nas provas, desde análise de estrutura atômica até propriedades físico-químicas de substâncias em diferentes contextos.

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