O tema da redação do Enem 2025, “Perspectivas acerca do envelhecimento na sociedade brasileira”, possibilitou aos candidatos refletirem sobre o papel social da pessoa idosa. A abordagem partiu de desafios como etarismo, políticas públicas, saúde mental e autonomia.Uma forma de enriquecer o texto dissertativo-argumentativo é recorrer a repertórios socioculturais relevantes, como filmes que exploram o envelhecimento sob ângulos sociais, afetivos e existenciais.
O que você vai ler neste artigo:
O Último Azul (2025)
Com uma proposta distópica, o filme nacional “O Último Azul” retrata uma sociedade em que os idosos são isolados em colônias, sob o pretexto de deixarem os jovens produtivos. Essa narrativa lança um alerta sobre o apagamento da velhice e a segregação etária institucionalizada.A obra simboliza um tipo de etarismo extremo e pode ilustrar uma crítica à marginalização social de idosos, servindo como analogia para casos reais de negligência e exclusão dessa faixa etária. Ao abordar o impacto estrutural do etarismo, o filme se torna uma poderosa alegoria para debater responsabilidade social e empatia intergeracional.
Meu Pai (2020)
“Meu Pai” oferece um retrato sensível do processo de envelhecimento a partir dos olhos de um homem com demência. Estrelado por Anthony Hopkins, vencedor do Oscar pelo papel, o filme destaca a fragilidade da memória, o abalo da autonomia e os conflitos familiares.Esse enredo pode fundamentar reflexões sobre a importância de políticas públicas voltadas à saúde mental dos idosos, como também reforçar o papel da empatia na convivência intergeracional. Traz ainda a dimensão invisível do envelhecimento: o adoecimento emocional e neurológico.
Quantos dias. Quantas noites (2023)
O documentário brasileiro propõe uma imersão na percepção e valorização do tempo na velhice. A obra aborda o envelhecimento com delicadeza, instigando reflexões sobre como a sociedade encara quem atravessa os anos — seja como exemplo de sabedoria ou como fardo improdutivo.Ele contribui como repertório para debater longevidade como um fenômeno sociocultural e existencial, reforçando a valorização da experiência e quebrando estigmas persistentes em relação às limitações atribuídas à idade.
Amor (2012)
“Amor” discute o vínculo entre envelhecimento, doença e relacionamentos de longa data. Anne, após sofrer um derrame, passa a depender integralmente dos cuidados do marido Georges, revelando nuances do amor, da paciência e da dor diante da degeneração física.A importância dos cuidados de longa duração, frequentemente ignorados em debates públicos, surge com força neste longa. Ele pode ser utilizado para tratar da polarização das políticas de saúde e da sobrecarga familiar na assistência a idosos com doenças crônicas.
Um Senhor Estagiário (2015)
Neste filme, Ben, um viúvo de 70 anos, inicia um programa de estágio em uma empresa jovem. A narrativa mostra os conflitos de geração, mas sobretudo destaca a contribuição dos idosos no mercado e a importância de integração entre diferentes faixas etárias.A obra é uma excelente referência contra o estereótipo de improdutividade na velhice. Além disso, permite discutir inclusão profissional, combate ao etarismo no ambiente de trabalho e envelhecimento ativo — tema cada vez mais relevante em um país que envelhece rapidamente.
Up – Altas Aventuras (2009)
Apesar de chamativo por seu tom lúdico, “Up” aborda de forma poética o luto, a solidão e a redescoberta de propósitos na velhice. Carl, um idoso viúvo, embarca em uma última aventura, reconectando-se com afetos passados e vivendo transformações ao lado de um garoto escoteiro.Essa animação da Pixar introduz o conceito de valorização tardia da vida, mostrando que envelhecer não impossibilita mudanças, afeto ou construção de novos sentidos. Pode ser usado para ilustrar o impacto emocional dos vínculos sociais ao longo da velhice.
As Rainhas da Torcida (2019)
Protagonizada por Diane Keaton, a comédia conta a trajetória de um grupo de mulheres idosas que decide formar uma equipe de líderes de torcida. O filme trata com leveza de temas profundos como empoderamento feminino na terceira idade e enfrentamento ao etarismo.Ele apresenta uma narrativa de ressignificação da velhice, em especial da mulher idosa, frequentemente duplamente invisibilizada por idade e gênero. Uma ótima referência para tratar da representação feminina na velhice e da autovalorização.
Envelhescência: O Filme (2015)
O documentário nacional dá voz a idosos que recusam padrões e desafios sociais impostos pela idade. Ao entrevistar especialistas e pessoas que vivem uma velhice ativa, o filme combate os estereótipos e defende o envelhecimento com autonomia.Além de resgatar elementos reais e não ficcionais, é um excelente repertório para embasar argumentos sobre políticas públicas de inclusão, incentivo à saúde física e mental na terceira idade e quebra de preconceitos sociais.
E se Vivêssemos Todos Juntos? (2010)
Com cinco amigos que decidem morar juntos na velhice em vez de irem para um asilo, o longa reflete sobre o acolhimento entre idosos, redes de apoio não familiares e alternativas à institucionalização. A história também mostra os desafios físicos e emocionais da fase.Essa obra reforça o papel das relações sociais no envelhecimento positivo e abre espaço para discutir modelos comunitários de cuidado, inclusão social e alternativas possíveis às casas de repouso, que muitas vezes promovem isolamento.
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