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Entenda a relação entre idadismo e o tema da redação do Enem 2025

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Nas últimas semanas, o termo “idadismo” despontou nas buscas e ganhou relevância entre candidatos preocupados com os possíveis temas do Enem 2025. A discussão ganhou força após a Prova Nacional Docente (PND) escolher o idadismo como foco da redação de 2025.Com a PND e o Enem organizados pela mesma banca, especialistas e estudantes começaram a especular se o Inep manteria o mesmo caminho. Afinal, o tema reúne elementos sociais, educacionais e exige uma proposta de intervenção — pontos centrais da redação do exame.

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O que é idadismo e por que está em debate

Idadismo, também chamado de etarismo ou ageísmo, é o preconceito baseado na idade. Essa forma de discriminação pode se manifestar tanto contra idosos, frequentemente vistos como ultrapassados ou incapazes, quanto contra jovens, considerados imaturos ou inexperientes.Seu debate é necessário porque o Brasil está passando por um processo de envelhecimento populacional. Segundo o IBGE, até 2030, o número de idosos ultrapassará o de crianças e jovens no país. Ainda assim, os espaços de convivência, oportunidades de trabalho e políticas públicas continuam desatualizados frente a essa nova realidade.Além disso, o preconceito etário repercute diretamente na qualidade de vida, no acesso à educação continuada e na inclusão digital. Aparece ainda na forma como mídias e instituições retratam pessoas mais velhas — quase sempre ligadas à doença, dependência ou exclusão.

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Possibilidade do tema no Enem 2025

Mesmo com o forte apelo social do idadismo, especialistas como Amanda Rodrigues destacam que é improvável a repetição exata do tema no Enem, por conta da tradição do Inep em manter a originalidade dos assuntos. A saída mais plausível seria o reaproveitamento de temáticas correlatas.A possível escolha do Enem por um "recorte temático" permite tratar do assunto sob outros enfoques. Mesmo que o rótulo “idadismo” não esteja explícito no comando da prova, conceitos associados à discriminação por idade podem estar presentes, como:

  • Exclusão de idosos do mundo digital;
  • Dificuldades enfrentadas por jovens no mercado de trabalho;
  • Estigmatização da velhice na cultura midiática;
  • Falta de formação intergeracional nas escolas.

Por isso, a atenção ao conteúdo e ao contexto se torna fundamental para que o candidato consiga identificar a abordagem pretendida, mesmo sem termos óbvios no enunciado.

Idadismo como questão educacional e social

A escolha do idadismo na PND revelou sua conexão evidente com a educação. O ambiente escolar costuma negligenciar o debate sobre envelhecimento, cidadania intergeracional e respeito às diferenças etárias. Esse apagamento favorece a naturalização do preconceito.Adicionalmente, o tema remete à cidadania plena. A Constituição Federal de 1988 assegura direitos iguais a todos os brasileiros, independentemente de idade. Quando pessoas idosas enfrentam barreiras no acesso a oportunidades, aos serviços de saúde ou são ridicularizadas, ocorre uma ruptura desses direitos.Outro ponto relevante é o recorte do mercado de trabalho. Existe uma tendência corporativa de descarte de trabalhadores mais velhos — mesmo os experientes — sob pretexto de inovação jovem. Isso limita não apenas perspectivas individuais, mas também a diversidade e pluralidade nos ambientes corporativos.

Estratégias para estudar o tema

Embora não seja possível prever o tema do Enem com precisão, se preparar com base em debates em alta e temas cobrados em outras provas nacionais pode oferecer vantagem. Para candidatos atentos, o idadismo oferece amplo repertório social, que pode ser adaptado a possíveis comandos diferentes.Três abordagens que dialogam com a estrutura da prova do Enem merecem destaque:

  • Educação tradicional e formação cidadã: A ausência de debate sobre envelhecimento e preconceito etário nas escolas dificulta o desenvolvimento de empatia e respeito à diversidade etária.
  • Representação na mídia: A publicidade e o entretenimento costumam retratar a velhice com estereótipos negativos ou como fase de irrelevância, o que contribui para exclusão simbólica.
  • Desigualdade geracional no trabalho: Jovens sofrem pela inexperiência e desconfiança, enquanto pessoas mais velhas são preteridas por empresas que priorizam juventude como sinônimo de produtividade.

Esses recortes equilibram os aspectos sociais, econômicos, culturais e educacionais buscados pelo Inep, além de permitir uma proposta de intervenção coerente com os direitos humanos.

Conclusão

Ainda que seja improvável que o Enem repita o exato tema da PND, é inteligente considerar o idadismo como tema transversal para a redação de 2025. Seja pelo envelhecimento da população, pela falta de inclusão de idosos ou pelos desafios enfrentados por jovens, a idade como fator de exclusão é uma questão social relevante.Portanto, estar preparado para discutir respeito, cidadania e diversidade geracional é um diferencial. O domínio do tema amplia o repertório crítico e pode ser decisivo na argumentação e na elaboração da proposta de intervenção.

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