Neste ano, diversas questões marcaram o cenário nacional e internacional e devem ser observadas com atenção. O Enem, que trabalha com contextualizações interdisciplinares, costuma explorar temas geopolíticos, ambientais, institucionais e sociais relevantes.
Considerando esse cenário, professores apontam os principais temas de atualidades que os candidatos devem acompanhar para estarem melhor preparados para a prova. A seguir, veja os destaques e entenda como cada questão pode ser abordada no exame.
O que você vai ler neste artigo:
Crise institucional no Brasil
A recente tensão entre os Três Poderes no Brasil evidencia riscos para a estabilidade democrática. Casos de ataques às instituições, confrontos políticos intensificados e uso de desinformação nas redes sociais aceleram a polarização. O Supremo Tribunal Federal, representado por nomes como Alexandre de Moraes, enfrentou pressões de diferentes grupos, inclusive no Congresso.
O contexto remete a ciclos históricos de instabilidade no país, como os golpes de Estado ao longo do século 20. O Enem pode propor questões que relacionem o atual momento com passagens da história política brasileira, destacando o papel das instituições na defesa das liberdades democráticas. Além disso, a influência das fake news como instrumento político é uma discussão frequente nas provas.
A política externa no novo governo Trump
O retorno de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos reacendeu debates sobre o isolacionismo norte-americano e o ressurgimento de antigas doutrinas de política externa. A postura adotada lembra práticas do início do século 20, como a Política do Big Stick e a Doutrina Monroe.
Trump adotou tom hostil com rivais estratégicos, defendeu a imposição de tarifas econômicas e aumentou a pressão diplomática sobre países da América Latina, além de apoiar publicamente iniciativas militares de Israel. O tema é fértil para questões que articulem geopolítica, história e economia internacional. Pode haver perguntas com textos de apoio extraídos de discursos políticos, referências à Guerra Fria ou análise de políticas comerciais.
Hiroshima e Nagasaki
Em 2025, completam-se 80 anos dos ataques aéreos com bombas atômicas sobre Hiroshima e Nagasaki nos dias 6 e 9 de agosto de 1945. Esses episódios consolidaram a vitória dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, gerando consequências humanitárias devastadoras.
Esse marco histórico poderá servir como ponto de partida para questões que abordem o uso da energia nuclear, os efeitos da corrida armamentista e os dilemas éticos da guerra. O exame também pode destacar a reconstrução econômica do Japão e a ascensão do país como potência industrial, colocando em discussão modelos de desenvolvimento e seus limites.
Conflito pela Caxemira entre Índia e Paquistão
A disputa pela região da Caxemira, entre Índia e Paquistão, voltou a ganhar atenção após ataques violentos na área em março e abril de 2025. Com histórico de tensão desde o fim do domínio britânico em 1947, o conflito envolve religião, interesses estratégicos e disputas territoriais.
Ambos os países possuem armas nucleares, o que eleva o potencial destrutivo de um confronto. A narrativa pode aparecer no Enem ligada ao uso de armamentos nucleares, tolerância religiosa ou relações internacionais. Além disso, o crescimento demográfico da Índia — que já ultrapassou a China em população — abre espaço para debates sobre urbanização, recursos naturais e qualidade de vida.
Minerais estratégicos e terras raras
Elementos químicos como lítio, nióbio, cobalto e grafite tornaram-se recursos de primeira necessidade para a indústria tecnológica. Conhecidos como minerais críticos, esses materiais são essenciais para o funcionamento de baterias, chips e turbinas eólicas.
O Brasil possui uma das maiores reservas do mundo de terras raras, mas enfrenta desafios para explorar esse potencial industrialmente. O país tende a vender as matérias-primas para que sejam processadas no exterior, sem agregar valor. Com isso, segue exercendo um papel periférico na cadeia produtiva global. O tema pode ser explorado por meio de gráficos ou questões interpretativas que relacionem sustentabilidade, industrialização e tecnologia.
Aquecimento global e COP30 no Brasil
A Conferência das Partes da ONU (COP30), marcada para 2025, será sediada em Belém (PA), colocando a Amazônia no centro das discussões ambientais globais. A evidência climática estará em alta, principalmente por causa dos aumentos extremos da temperatura registrados nos últimos anos.
Assuntos como o Acordo de Paris, metas de carbono neutro, justiça climática e políticas públicas ambientais podem aparecer com alta probabilidade. O Brasil, por ser uma potência ambiental — e, ao mesmo tempo, marcado por desmatamento e mineração ilegal, serve de estudo de caso em diversas frentes temáticas. A prova pode envolver interpretação de mapas, gráficos de emissão de gases e textos jornalísticos sobre degradação ambiental.
Israel e Palestina
A situação no Oriente Médio voltou a se agravar com conflitos armados entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza. As ações militares, denúncias de violações do direito internacional e a crescente crise humanitária colocaram o tema no centro das atenções da comunidade internacional.
A longa disputa territorial e religiosa entre israelenses e palestinos poderá ser cobrada no Enem em questões de geopolítica, política internacional ou direitos humanos. O uso de mapas para interpretação da expansão territorial israelense, assim como a discussão sobre a criação de um Estado Palestino, são abordagens que costumam ser exploradas tanto historicamente quanto no contexto atual.
Ficar bem-informado é essencial para interpretar os enunciados e selecionar a resposta correta com mais segurança. Ao revisar temas de atualidades, o estudante se prepara melhor não só para as perguntas objetivas, mas também adquire repertório para usar na redação.
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