Cinco fatos sobre os inscritos no Enem 2025

Dos milhões de brasileiros que se inscreveram no Enem 2025, cada número revela uma história, uma trajetória e um sonho. O retrato estatístico dos participantes ajuda a compreender não só o perfil dos estudantes, mas também as desigualdades e transformações no acesso à educação superior.

A seguir, destacamos cinco informações fundamentais que emergem dos dados divulgados pelo MEC. Esses recortes mostram tendências etárias, sociais, de gênero e localização, e podem oferecer reflexões estratégicas para quem vai enfrentar as provas.

Candidatos jovens dominam as inscrições

A maioria dos inscritos no Enem 2025 ainda nem completou 18 anos. Segundo os dados, cerca de 1,1 milhão tem 17 anos, o que indica forte adesão dos estudantes que estão concluindo o Ensino Médio em 2025. Eles formam o maior grupo entre os participantes.

Logo atrás, os candidatos com 18 anos somam cerca de 1 milhão. A faixa de 16 anos também aparece com força, refletindo a grande presença dos chamados “treineiros”, estudantes que ainda não concluem o ensino na data do exame, mas já participam como forma de preparação.

Por outro lado, a presença de candidatos da terceira idade também chama atenção. Cerca de 17 mil pessoas com mais de 60 anos se inscreveram na edição de 2025. Esse dado reforça que o interesse pela universidade não tem idade definida.

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Participação feminina é maioria expressiva

Entre os inscritos confirmados, as mulheres representam 60,06% do total, contra 39,94% de homens. Esse predomínio feminino repete um padrão revelado também pelo Censo da Educação Superior, que aponta que 59% das matrículas no ensino universitário são ocupadas por mulheres.

A participação expressiva das mulheres se relaciona com uma série de fatores socioculturais, como maior presença em áreas da saúde e humanas, além do crescente protagonismo feminino em ambientes acadêmicos.

Esse padrão pode influenciar também o tipo de curso mais buscado e a forma de preparação. As ações de incentivo à permanência de mulheres no ensino superior seguem como pauta importante nos debates sobre política educacional.

Parte dos inscritos ainda não concluiu o Ensino Médio

Ainda que a maior parte dos candidatos ao Enem já esteja na última série do Ensino Médio, muita gente participa sem estar prestes a concluir. Dos mais de quatro milhões de inscritos, cerca de 1,8 milhão é formado por concluintes. Já aproximadamente 1,3 milhão ainda está cursando anos anteriores da educação básica.

Esse grupo é composto majoritariamente pelos chamados “treineiros”, que prestam o Enem como forma de familiarização com o modelo das provas e com a experiência da avaliação de grande escala. Para muitos, trata-se de uma oportunidade estratégica de preparação antecipada.

Ainda assim, o número elevado de estudantes que prestam o Enem antes da conclusão do Ensino Médio também aponta certa pressão social e escolar para desempenho desde cedo. O dado exige atenção para questões como saúde mental e equidade de acesso.

Raça e cor revelam desigualdades de acesso

A análise racial dos inscritos aponta diferenças importantes entre os perfis de quem paga ou quem foi isento da taxa de inscrição. Entre os candidatos com isenção, geralmente oriundos de famílias de baixa renda , 1,5 milhão se autodeclara pardo, seguido por 944 mil brancos e 450 mil pretos.

Já entre os pagantes, os brancos lideram (959 mil), enquanto o número de pardos cai para 597 mil e o de pretos para 153 mil. Essa mudança de perfil sinaliza de forma clara como o fator econômico segue influenciando as possibilidades de acesso à educação superior.

As políticas públicas de cotas raciais e sociais, além dos programas de isenção e apoio estudantil, têm papel fundamental para manter o Enem com abrangência nacional e democrático. A leitura dos dados serve de insumo para o aprimoramento dessas ações.

Estados do Nordeste têm destaque positivo

Os níveis de engajamento dos concluintes da rede pública variam amplamente entre os estados brasileiros. Em 2025, Ceará e Alagoas se destacam como os estados com maior participação de alunos da rede pública: são 96,87% e 92,84%, respectivamente.

Essa forte mobilização pode ser resultado de políticas estaduais de incentivo, redes de apoio escolar, programas de preparação exclusiva e estratégias bem estabelecidas para elevar o número de jovens no ensino superior.

Na outra ponta do ranking, Santa Catarina (56,06%) e Rio de Janeiro (60,77%) apresentam os menores índices de adesão entre alunos concluintes da rede pública. Esses números levantam reflexões sobre os desafios locais e regionais para garantir maior equidade no acesso ao Enem.

Esses dados não apenas caracterizam os candidatos ao Enem 2025, como também levantam importantes debates sobre juventude, equidade e políticas educacionais. Conhecer o perfil coletivo dos inscritos é um passo valioso para aprimorar estratégias de estudo e para pensar o futuro da educação superior no Brasil.

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