COP30 no Enem: o que saber sobre mudanças climáticas

A COP30 será realizada em Belém do Pará, em 2025, e promete colocar a Amazônia no centro dos debates globais sobre o clima. A edição marca a primeira vez que uma cidade amazônica sedia o principal evento climático das Nações Unidas.Com o Enem valorizando temas atuais e interdisciplinares, é alta a probabilidade de o evento aparecer em questões de diferentes áreas do conhecimento ou como repertório para a redação.

O que é a COP e por que a COP30 é importante

A Conferência das Partes (COP) é o principal fórum internacional com foco em mudanças climáticas, organizado pela ONU desde 1995. Sua realização deriva da ECO-92, conferência que consolidou questões ambientais como prioridade da agenda mundial. Ao reunir chefes de Estado, cientistas e movimentos da sociedade civil, a COP busca soluções para problemas como aquecimento global, perda de biodiversidade e transição energética.A COP30, com sede em Belém, assume significado histórico e estratégico. Ao ser realizada no coração da floresta Amazônica, reconhece o papel essencial da região no equilíbrio climático do planeta. A proximidade da COP30 com o Enem — que ocorrerá nos dias 9 e 16 de novembro, enquanto o evento será no ano seguinte — também é um indicativo da pertinência do tema nos exames.

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Como a COP30 pode aparecer no Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio costuma inserir temas atuais de forma transversal em suas provas. A COP30, com sua ampla abrangência temática, pode ser explorada em vários campos do conhecimento. Veja como cada área pode abordar o tema:

Geografia

  • Importância da Amazônia como reguladora climática;
  • Políticas ambientais e seus impactos regionais e globais;
  • Questões sobre uso da terra, desmatamento e biodiversidade;
  • Energia renovável e análise de mapas climáticos e áreas de vulnerabilidade.

História e Sociologia

  • Movimentos ambientais e lutas por justiça climática;
  • Conflitos fundiários e o papel dos povos indígenas;
  • Relações internacionais e os principais tratados climáticos (como o Acordo de Paris e o Protocolo de Kyoto);
  • Disputas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Ciências da Natureza

  • Ciclo do carbono e gases do efeito estufa;
  • Processos físicos e químicos ligados às alterações climáticas;
  • Biomas e impactos das mudanças nos ecossistemas brasileiros;
  • Fontes de energia limpa e seu potencial no Brasil.

Matemática

  • Análise de gráficos e tabelas mostrando emissão de CO₂ e aumento da temperatura global;
  • Cálculos envolvendo impactos ambientais, sequestro de carbono e preservação de áreas verdes;
  • Projeções estatísticas de eventos climáticos extremos.

Linguagens

  • Interpretação de textos opinativos e jornalísticos sobre conferências climáticas;
  • Compreensão crítica de campanhas ambientais e seus argumentos;
  • Análise de funções da linguagem em textos de conscientização sobre a crise do clima.

A COP30 e a redação do Enem

Embora a conferência em si dificilmente figure como tema central da proposta de redação — que geralmente aborda questões estruturais brasileiras —, ela pode ser parte de repertórios válidos, especialmente se o tema envolver:

  • Sustentabilidade e preservação ambiental;
  • Responsabilidade social diante da emergência climática;
  • A importância de políticas públicas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas;
  • O papel dos conhecimentos tradicionais para soluções ambientais.

Além disso, segundo especialistas, podem surgir propostas como:

  • “O papel da Amazônia no enfrentamento das mudanças climáticas”;
  • “Desafios na integração entre crescimento econômico e proteção ambiental no Brasil”;
  • “Como implementar acordos internacionais diante das desigualdades socioeconômicas nacionais”.

Relevância geopolítica da COP30

A escolha de Belém marca também um posicionamento político. Permite que o Brasil amplie seu protagonismo nas discussões ambientais ao evidenciar a Amazônia como tema global, mas de solução local. A conferência pressiona por maior cooperação internacional e por mais investimentos em tecnologias sustentáveis nas nações em desenvolvimento.Esse é também um momento para refletir sobre as responsabilidades históricas. Países ricos, que mais contribuíram com gases estufa no passado, são cobrados por transferências financeiras e tecnológicas. O Brasil, por sua vez, defende a preservação atrelada ao desenvolvimento justo para as populações mais vulneráveis.

O que estudar sobre o tema

Para se preparar, estudantes devem acompanhar de perto:

  • Leis ambientais e os principais tratados em vigência;
  • Impactos das mudanças climáticas em biomas brasileiros;
  • Causas e efeitos do aquecimento global em diferentes escalas;
  • Estratégias de mitigação e adaptação climática;
  • Conceitos como justiça climática, racismo ambiental e economia verde.

Além disso, vale a pena analisar como diferentes grupos populacionais — como indígenas, quilombolas e ribeirinhos — contribuem e são afetados pela crise climática. Esses dados fortalecem argumentos tanto em questões objetivas quanto em discursos dissertativos.


A COP30 oferece múltiplas possibilidades de abordagem no Enem — seja no campo científico, político, cultural ou econômico. Entender suas dimensões amplia a capacidade do estudante de interpretar contextos, articular ideias e propor soluções.

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