É difícil tirar 700 no Enem?

Alcançar 700 pontos no Enem é o objetivo de milhares de estudantes que sonham com uma vaga nas melhores universidades do país. Para muitos, essa marca representa o limiar entre a aprovação e a necessidade de tentar novamente no ano seguinte.

Embora pareça intimidador à primeira vista, a conquista desses pontos é totalmente possível com dedicação, planejamento e a estratégia certa. Entender como a nota é calculada e quais são os desafios reais do exame pode fazer toda a diferença.

O que torna a nota 700 no Enem desafiadora

Alto nível de exigência

O Enem é uma das provas mais abrangentes do Brasil, cobrindo conteúdos de todas as áreas do conhecimento. A extensão da prova e a profundidade de alguns temas exigem não apenas memorização, mas também interpretação crítica, raciocínio lógico e domínio da escrita. Isso torna a preparação mais complexa, exigindo estudos contínuos e direcionados.

Além disso, a prova exige leitura constante: são mais de 180 questões objetivas com enunciados geralmente extensos. Por isso, um candidato que não esteja acostumado com esse formato pode sentir-se sobrecarregado e ter dificuldades para manter a concentração ao longo dos dois dias de prova.

Concorrência acirrada

Outro fator que torna a nota 700 difícil é a altíssima procura por cursos concorridos, como Medicina, Direito e Engenharia. Como a média dos candidatos está sempre subindo, alcançar 700 pontos pode já não ser suficiente para garantir vaga em determinadas universidades. Nesse cenário competitivo, cada ponto conta — principalmente na redação e nas matérias com maior peso para o curso escolhido.

Complexidade do sistema de correção (TRI)

Diferente do que muitos pensam, a nota do Enem não é simplesmente o número de acertos multiplicado por um fator fixo. O exame é corrigido com base em um modelo estatístico chamado Teoria de Resposta ao Item (TRI). Nele, os itens são classificados como fáceis, médios ou difíceis, e o algoritmo detecta incoerências no padrão de respostas, penalizando, por exemplo, quem erra questões fáceis, mesmo acertando as difíceis.

Esse sistema busca diferenciar candidatos com conhecimento real daqueles que acertam por acaso. Por isso, mais do que acertar muito, é preciso mostrar coerência nos acertos ao longo da prova.

Redação como diferencial

A redação no Enem representa um quinto da nota total e pode ser um fator decisivo. Como ela vale até 1000 pontos, um bom desempenho nessa etapa é determinante para elevar a média geral. No entanto, produzir um texto que atenda a todos os cinco critérios avaliativos, como domínio da norma padrão, argumentação consistente, coesão, coerência e proposta de intervenção, não é tarefa simples.

É comum que candidatos bem preparados em outras áreas acabem tendo a nota geral prejudicada por um desempenho mediano ou fraco na redação, o que prova a importância de dedicar tempo à prática da escrita.

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Estratégias que facilitam a conquista dos 700 pontos

Foco em conteúdo relevante e direcionado

Estudar de forma aleatória ou baseada apenas em conteúdos que se gosta pode sabotar a preparação. O ideal é montar um plano de estudoscom base na recorrência dos assuntos cobrados, priorizando aqueles com maior peso segundo as exigências do curso de interesse.

Recomenda-se também a divisão equilibrada do tempo entre as quatro áreas do Enem, com reforço especial àquela em que o aluno apresenta maior dificuldade. Materiais atualizados, videoaulas e mapas mentais são excelentes recursos para melhorar a retenção do conteúdo.

Prática com provas anteriores

Resolver questões de edições passadas é uma das melhores formas de entender a lógica da TRI, identificar padrões e aprimorar a gestão do tempo. É importante refazer as provas em condições semelhantes ao dia do exame, inclusive respeitando o tempo limite.

Além de avaliar o desempenho, essa prática permite identificar pontos fracos e ajustar o cronograma de estudos. O hábito também ajuda a reduzir a ansiedade, pois deixa o candidato mais familiarizado com o formato e o estilo das questões.

Redação estratégica e constante

Treinar redação todas as semanas é fundamental. Mais do que repetir fórmulas prontas, é preciso entender a estrutura do texto dissertativo-argumentativo e desenvolver um repertório sociocultural sólido e atual. A leitura de jornais, revistas e ensaios ajuda na construção de argumentos relevantes.

Contar com correções detalhadas, preferencialmente de professores experientes, favorece o aperfeiçoamento contínuo. Uma análise que aponte aspectos como coesão, clareza de ideias, progressão textual e uso da norma-padrão é essencial para evoluir.

Autoconhecimento e planejamento

Não basta estudar muito, é necessário estudar com inteligência. O autoconhecimento, nesse contexto, é uma ferramenta poderosa: saber quais matérias exigem mais atenção, qual o melhor horário para aprender e como se organiza melhor o conteúdo são pontos que otimizam o tempo.

Além disso, é preciso estabelecer metas realistas e periodicamente reavaliá-las, ajustando os métodos conforme necessário. Técnicas de cronograma de estudos, como a técnica Pomodoro ou métodos de revisão espaçada, costumam ser eficazes para manter a disciplina e reduzir o cansaço mental.

Como avaliar se a nota 700 é suficiente para alcançar seus objetivos

Diferença entre médias e cortes

Em muitas universidades públicas, principalmente nos cursos menos concorridos e fora das capitais, uma média próxima de 700 pode ser suficiente para garantir uma vaga. No entanto, quando o vestibulando mira em instituições como a USP, UFRJ ou UNICAMP, e em cursos como Medicina, Engenharia Aeronáutica ou Direito, é comum a nota de corte ultrapassar 750 ou até 800 pontos.

Por isso, conhecer previamente a nota de corte do curso e instituição desejados ajuda a calibrar a expectativa com mais precisão. Esse levantamento pode ser feito diretamente nos sistemas do SiSU ou em plataformas informativas como o Quero Bolsa e MEC.

Peso de cada área na nota do SiSU, ProUni e Fies

Dependendo do curso, determinadas áreas têm peso maior na composição da nota final. Para Engenharia, por exemplo, Matemática e Ciências da Natureza são mais valorizadas. Já na área de Humanas, o desempenho em Linguagens e Ciências Humanas pode pesar mais.

Além disso, os programas como ProUni e Fies exigem pontuação mínima de 450 pontos e nota diferente de zero na redação. Portanto, atingir 700 pode não apenas ser bom, mas também abrir portas para uma bolsa de estudos ou financiamento educativo.

A importância de metas intermediárias

Estabelecer metas de desempenho por etapa do estudo, como atingir 600 em três áreas ainda no primeiro semestre, pode reduzir o peso psicológico da meta final e facilitar o crescimento progressivo. Com o tempo e dedicação, conquistar os 700 se torna uma consequência natural do processo.

Mesmo que a nota de 700 pareça distante no início da preparação, com um plano sólido, prática constante e orientação adequada, ela se torna perfeitamente alcançável. Em vez de enxergá-la como um desafio intransponível, o ideal é vê-la como uma meta acessível, desde que a jornada seja bem conduzida.

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