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Enem na terceira idade: veja como funciona e quais são os benefícios

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Com a ampliação do acesso à educação e o aumento na expectativa de vida, cada vez mais brasileiros da terceira idade estão enxergando no Enem uma oportunidade real de crescimento pessoal e acadêmico. O exame, tradicionalmente associado a jovens em fase final do ensino médio, vem sendo abraçado por quem deseja retomar os estudos e dar um novo rumo à própria trajetória.

A possibilidade de usar a nota do Enem para ingressar em universidades públicas, obter bolsas de estudo ou até financiar um curso superior atrai idosos em busca de realização, inclusão e aprendizado contínuo. E o melhor, sem limite de idade para participação na prova.

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Enem para todas as idades

O Enem é um exame democrático. Qualquer pessoa, independentemente da idade, pode se inscrever e realizar a prova, contanto que esteja concluindo ou já tenha concluído o ensino médio. Não há restrições quanto à faixa etária e, por isso, ele também acolhe pessoas da terceira idade que desejam ingressar no ensino superior ou, simplesmente, testar seus conhecimentos.

Em 2024, mais de 9.950 brasileiros com mais de 60 anosse inscreveram no Enem, segundo o portal Educa Mais Brasil. Esse número é reflexo de um movimento crescente: muitos enxergam na educação uma forma de reinvenção, buscando qualificação profissional, inserção social ou ampliação dos horizontes intelectuais.

Participação como treineiro

Mesmo aqueles que ainda não concluíram formalmente o ensino médio podem fazer o Enem como treineiros, opção que permite vivenciar a estrutura e o conteúdo da prova sem valer nota para processos seletivos.

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Benefícios de fazer o Enem na terceira idade

Participar do Enem na terceira idade vai além do objetivo acadêmico. Há inúmeras vantagens cognitivas, profissionais e sociais para quem decide enfrentar o desafio após os 60 anos.

Estímulo cognitivo e qualidade de vida

Estudar ativa o cérebro, melhora a memória e fortalece a saúde mental. Diversos estudos apontam que atividades intelectuais reduzem o risco de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. Assim, preparar-se para o Enem funciona como um exercício contínuo para o cérebro, promovendo longevidade e bem-estar emocional.

Inclusão social e novas oportunidades

O ambiente universitário promove o convívio com pessoas de diferentes gerações e perfis, o que amplia o repertório social e combate o isolamento comum na terceira idade. Além disso, para muitos, voltar a estudar representa a realização de um sonho interrompido na juventude ou a chance de trilhar uma nova carreira.

Acesso a programas do governo

A nota do Enem pode garantir vagas em:

  • Universidades públicas (SiSU)
  • Faculdades privadas com bolsa (ProUni)
  • Financiamentos estudantis (Fies)

Esses programas possuem requisitos específicos, como nota mínima e renda familiar, mas não há restrição de idade para participação.

Como se preparar para o exame

Idosos interessados em fazer o Enem devem, antes de tudo, montar uma rotina de estudos compatível com suas necessidades. A preparação adequada exige dedicação, disciplina e o uso de materiais direcionados.

Dicas para um bom desempenho

  • Monte um cronograma de estudos com base nos conteúdos que mais caem no Enem;
  • Faça simulados e provas anteriores para se familiarizar com o estilo do exame;
  • Cuide da saúde física e emocional, garantindo energia e concentração;
  • Procure suporte especializado, como cursos pré-vestibulares ou orientadores educacionais.

Atendimento especializado e acessibilidade

O Inep, órgão responsável pela prova, garante atendimento especializadopara pessoas que tenham necessidades específicas, o que inclui idosos.

Entre os benefícios previstos:

  • Tempo adicional de prova;
  • Mesas apropriadas ergonomicamente;
  • Leitores de prova(em caso de dificuldades visuais);
  • Ambientes acessíveis para mobilidade reduzida.

Para acessar esses serviços, é necessário solicitar o atendimento no momento da inscrição e apresentar laudos ou documentos comprobatórios.

Desafios da terceira idade no Enem

Apesar das oportunidades, determinados obstáculos ainda dificultam a inclusão dos idosos na educação superior. Um dos principais é o preconceito etário, que pode desestimular muitos a se envolverem com os estudos.

Além disso, algumas instituições ainda têm pouca adaptação em sua estrutura ou metodologia de ensino para acolher alunos mais velhos. Por isso, políticas públicas de inclusão, redes de apoio e ações afirmativas ainda são essenciais para equilibrar a participação e garantir que os idosos tenham sucesso no ambiente acadêmico.

Histórias que inspiram

Casos como o da dona Lúcia Rosa, de Rondônia, são inspirações concretas. Aos 64 anos, ela fez o Enem com o objetivo de entrar no curso de Serviço Social e dar continuidade ao trabalho comunitário que já realiza. Seu exemplo mostra que nunca é tarde para aprender e que a educação pode transformar vidas em qualquer etapa da existência.

Outros exemplos se multiplicam em todo o país, aposentados que se tornaram advogados, pedagogos, psicólogos ou professores após os 60 anos, muitos deles participando ativamente da vida universitária.

O futuro é para todos

O crescimento constante no número de idosos inscritos no Enem reflete uma sociedade que, aos poucos, reconhece o valor de incluir todas as gerações no direito à educação. A terceira idade tem lugar nas universidades, nas salas de aula e nos debates que constroem o conhecimento.

Aceitar esse novo perfil de estudante não se trata apenas de acolhimento, mas de reconhecer que o desejo de aprender transcende idade. E com acesso, apoio e informação, o Enem pode, sim, ser o primeiro passo para um novo capítulo, independente do número que aparece na carteira de identidade.

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