Faltando poucas semanas para o Enem, muitos estudantes se encontram diante de um dilema: correr atrás do que ainda não foi estudado ou reforçar os assuntos já vistos? A essa altura, o cansaço acumulado e a pressão pelo desempenho ideal no exame podem causar ansiedade e comprometer os estudos.
Com isso, definir uma estratégia eficiente se torna essencial. Especialistas recomendam que o foco principal seja a revisão dos conteúdos já aprendidos, evitando sobrecarga mental e aproveitando melhor o tempo restante.
O que você vai ler neste artigo:
Revisar ou aprender novos conteúdos?
Entre tentar recuperar os conteúdos que ficaram para trás e revisar o que já foi estudado, a indicação de professores experientes é clara: priorize a revisão. Esse é um momento em que o cérebro está sobrecarregado e assuntos totalmente novos podem não ser bem absorvidos. Além disso, revisar promove segurança, confiança e reforça a memória.
Segundo André Barbosa, professor de redação, revisar os temas essenciais já compreendidos é mais eficaz do que insistir em novos temas. Isso porque a assimilação de novos conteúdos demanda energia e atenção que, neste momento, podem estar reduzidas. Optar por revisões ajuda a manter a qualidade do estudo sem desgaste excessivo.
Como organizar o estudo na reta final
Na fase final da preparação, a eficiência deve prevalecer. Ao invés de maratonas de estudo, o desempenho aumenta com sessões curtas e direcionadas. Distribuir os estudos em blocos de 50 a 60 minutos com intervalos entre eles é uma alternativa produtiva e menos exaustiva.
Algumas estratégias recomendadas por especialistas incluem:
- Revisar resumos e mapas mentais já produzidos;
- Resolver provas de anos anteriores;
- Dar atenção especial aos temas recorrentes em cada disciplina;
- Participar de aulas e aulões focados na revisão dos principais conteúdos;
- Alternar entre diferentes áreas do conhecimento.
Dedicar um tempo maior às matérias em que se tem domínio também pode ser vantajoso. Isso amplia a chance de acertar o maior número possível de questões na prova.
A importância da saúde mental
Além do conteúdo, a preparação emocional é fundamental. A ansiedade pode afetar negativamente o rendimento e até impedir o bom desempenho durante o exame. Dormir mal, não se alimentar corretamente ou estudar com nervosismo compromete a produtividade.
Embora o nível de ansiedade varie de pessoa para pessoa, algumas práticas podem ajudar a reduzir os efeitos do estresse nos dias finais:
- Manter uma rotina com horários definidos para estudo, sono e lazer;
- Praticar atividades físicas leves, como caminhada ou alongamento;
- Reservar momentos para descanso e lazer sem culpa;
- Evitar comparações com colegas;
- Fazer pausas verdadeiras e afastar-se das redes sociais em excesso.
Em casos mais intensos, não hesite em buscar auxílio psicológico. Um acompanhamento profissional especializado pode ser decisivo para reestabelecer o equilíbrio necessário.
Consolidar conhecimentos e evitar excesso
Não é produtivo, nessa etapa, tentar estudar todo o conteúdo do edital. O importante agora é consolidar o que foi aprendido ao longo do ano. Isso não apenas economiza tempo, como também favorece a confiança, algo essencial para o desempenho na prova.
A revisão dos temas-chave, aliada ao descanso e ao equilíbrio emocional, deve prevalecer. Apostar em técnicas de revisão ativa e resolver questões dos temas mais cobrados são opções eficazes. Ao confiar no que foi feito até agora, o estudante entra na prova mais seguro, pronto para aplicar seus conhecimentos com clareza e calma.
O Enem exige preparação consistente, e nesta fase, menos pode significar mais. Priorizar aquilo que já foi compreendido, manter uma rotina organizada e preservar o bem-estar são passos mais eficazes do que qualquer tentativa de absorver novos conteúdos às pressas.
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