Os candidatos que participaram do segundo dia do Enem 2025 notaram mudanças nos enunciados das provas, que vieram mais enxutos e objetivos em comparação com edições anteriores. Ainda assim, o exame manteve o foco na competência de leitura e na aplicação dos conteúdos.Professores de diversas disciplinas destacaram que, apesar dessas alterações formais, a estrutura da prova seguiu o padrão dos últimos anos, sem surpresas relevantes nos temas cobrados. Veja abaixo a análise das disciplinas aplicadas.
O que você vai ler neste artigo:
Matemática
A prova de Matemática manteve o formato esperado pelos professores e estudantes, com equilíbrio entre questões interpretativas e outras que exigiam cálculos mais elaborados. Houve espaço tanto para operações básicas quanto para uso de fórmulas, com destaque para tópicos como geometria espacial, estatística e proporcionalidade.Entre os conteúdos mais abordados, destacaram-se:
- Geometria espacial: com quatro questões, superando a geometria plana.
- Estatística: três questões tratando de moda, média e mediana.
- Raciocínio lógico: bastante presente, exigindo atenção na leitura dos enunciados.
- Contextualização nos problemas: mesmo com enunciados mais objetivos, ainda havia inserções de situações do cotidiano que demandavam aplicação prática da matemática.
A percepção dos especialistas é de que o nível de dificuldade foi médio, equilibrando bem questões acessíveis com outras que testaram o domínio mais técnico dos candidatos.
Biologia
A área de Biologia apresentou questões com enunciados mais curtos, claros e direcionados à resposta, o que ajudou na objetividade da resolução. A prova concentrou a maior parte em tópicos ambientais e ecológicos, como já é comum no Enem.Os temas recorrentes foram:
- Ecologia: houve discussão sobre eutrofização, poluição térmica, ciclo do carbono e aquecimento global.
- Doenças: apareceu apenas uma questão sobre esquistossomose.
- Imunologia: uma questão sobre vacina, outra sobre vitamina A e carência nutricional.
- Metabolismo energético: a questão sobre fotossíntese oxigênica foi considerada mais complexa.
Apesar da ausência de fisiologia humana, o exame foi avaliado como mediano em complexidade, abordando aspectos relevantes do conteúdo do ensino médio.
Química
A prova de Química destacou-se pelo seu cunho conteudista. Isso significa que a simples leitura e interpretação dos enunciados não garantiram o acerto das questões — era necessário domínio direto das disciplinas envolvidas.Entre os temas mais cobrados estiveram:
- Estequiometria: apareceu com duas questões, cobrando cálculos relacionados à proporção na reação química.
- Termoquímica e deslocamento de equilíbrio: reforçam a importância de compreender as transformações energéticas e equações.
- Nomenclatura: houve uma questão que tratava exclusivamente da identificação de compostos orgânicos, o que costuma ser mais raro no Enem.
De maneira geral, a prova seguiu o padrão de anos anteriores, com dificuldade moderada a alta para os alunos que não dominam as fórmulas e conceitos-base.
Física
Física foi considerada a disciplina mais exigente deste segundo dia, com questões que exigiam tanto conhecimento teórico como rigor em cálculos. Os professores observaram que a banca equilibrou bem o uso de questões qualitativas e quantitativas, além do emprego de gráficos, diagramas e contextos visuais.Entre os temas mais presentes, destacaram-se:
- Circuitos elétricos, que apareceram em mais de uma ocasião.
- Mecânica e elétrica: seguiram como pontos centrais da prova.
- Forças diversas: exigiram aplicação detalhada dos conceitos de Física clássica.
- Novidade temática: uma questão sobre intensidade de nível sonoro surpreendeu por nunca ter sido cobrada anteriormente.
- Cálculos complexos: como uma equação com logaritmos, demandando conhecimento aprofundado.
Assuntos como óptica, hidrostática e dinâmica impulsiva ficaram de fora nesta edição, o que contrariou a tradição do exame, mas não prejudicou a avaliação como um todo.
O segundo dia do Enem 2025 reforçou a tendência de enunciados mais diretos, sem perder o padrão de cobrança tradicional do exame. Mesmo com variações específicas por disciplina, o conteúdo se manteve previsível em relação aos anos anteriores, confirmando a importância do preparo estratégico baseado em provas passadas.
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