Em 2026, a Fuvest, responsável pelo processo seletivo da USP, deu um passo marcante ao divulgar uma lista de leituras obrigatórias composta exclusivamente por obras de autoras mulheres. A decisão reflete um esforço para promover e valorizar a contribuição das mulheres na literatura, reconhecendo suas vozes como parte essencial da formação cultural e acadêmica.
A seleção trouxe clássicos que abordam temas como feminismo, desigualdade social e questões históricas, oferecendo uma perspectiva mais abrangente da sociedade. Entre os nomes escolhidos estão pioneiras da escrita brasileira e internacional, como Nísia Floresta e Rachel de Queiroz.
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Livros da lista obrigatória
A lista de 2026 contempla histórias e reflexões impactantes escritas por mulheres de diferentes épocas e contextos. Cada obra oferece não apenas uma riqueza cultural e literária, mas também um recorte histórico, tornando o exame mais enriquecedor para os candidatos. Veja a seguir os títulos selecionados:
- “Opúsculo Humanitário” (1853), de Nísia Floresta: Uma obra visionária que discute a educação feminina e a luta por igualdade, à frente de seu tempo, escrita por uma das primeiras feministas do país.
- “Nebulosas” (1872), de Narcisa Amália: Coletânea poética que aborda temas como abolicionismo e identidade nacional com grande sensibilidade.
- “Memórias de Martha” (1899), de Julia Lopes de Almeida: Um romance precursor que discute o papel da mulher em uma sociedade patriarcal ao final do século XIX.
- “Caminho de Pedras” (1937), de Rachel de Queiroz: Narrativa que mistura política e dilemas pessoais, abordando a protagonização feminina em meio às pressões morais e sociais.
- “O Cristo Cigano” (1961), de Sophia de Mello Breyner Andresen: Coletânea de poesias que reflete sobre espiritualidade e questões sociais urgentes.
Objetivo da iniciativa
Segundo a Fuvest, essa escolha busca ampliar o reconhecimento do papel das mulheres na história da literatura, que frequentemente foi resumido a personagens coadjuvantes ou secundárias. A nova abordagem consolida o papel das escritoras não apenas como parte essencial da produção intelectual, mas também como figuras de transformação cultural e social.
Essa decisão histórica surge em um momento em que os debates em torno da igualdade de gênero ganham força em várias esferas. Além disso, reforça a importância de oferecer aos vestibulandos um repertório que dialogue com os desafios contemporâneos.
Repercussão nas redes sociais e na educação
Universitários e estudiosos celebraram a mudança, considerando a iniciativa uma vitória para a representatividade feminina. A adaptação do vestibular às demandas atuais promete preparar os jovens para um futuro mais inclusivo, além de enriquecer o debate social no ambiente acadêmico.
Com a nova lista, espera-se que os candidatos embarquem em uma jornada literária transformadora, repleta de reflexões críticas e representações mais diversas, indispensáveis para compreender os desafios e as potencialidades de uma sociedade igualitária.
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