A Fuvest 2025, uma das provas mais aguardadas pelos vestibulandos, traz consigo a tradicional redação em formato de dissertação argumentativa, consolidando-se como um grande desafio. Estes textos exigem, além de boa escrita, argumentação embasada e criatividade. A preparação deve contemplar temas amplos, atuais e que propiciem reflexões críticas. Abaixo, exploramos cinco motivos que tornam esses possíveis temas relevantes, incluindo seus desdobramentos e a abordagem esperada pelos candidatos.
O que você vai ler neste artigo:
Fake news e discursos de ódio na internet
Com o impacto das redes sociais na comunicação e no comportamento coletivo, a análise do papel das fake news é central. A desinformação e os discursos de ódio nas plataformas digitais afetam diretamente a sociedade e o funcionamento democrático, promovendo polarizações e violências simbólicas. Este tema pode requerer do estudante uma visão ampla sobre os desafios da tecnologia, a construção de narrativas falsas e as consequências sociais – como o isolamento em bolhas informacionais. Abordagens éticas e legislativas também podem compor um bom texto.
Questões chave:
- Qual o impacto das fake news nas eleições?
- Como discursos de ódio moldam comportamentos?
- É possível mitigar esses problemas apenas com regulação governamental?
Tédio e “anestesia” na modernidade
A relação das pessoas com o tédio e a saturação de estímulos tecnológicos pode ser tema central. Em um mundo hiperconectado, há um paradoxo de tantas informações e, ao mesmo tempo, a falta de significado. O termo “brain rot”, associado ao desgaste digital, destaca como o consumo desenfreado de conteúdo pode levar a apatia e alienação. O candidato poderá explorar temas relacionados à saúde mental, equilíbrio digital e a busca pelo sentido em um cenário caótico e acelerado.
Ponto interessante:
- Quais as consequências da alienação coletiva provocada pelas novas tecnologias?
- Seria o tédio uma experiência essencial para a criatividade?
Inteligência artificial: avanços e dilemas éticos
A ascensão da inteligência artificial trouxe incontáveis benefícios, mas também importantes dilemas éticos. O tema pode girar em torno da regulamentação desse desenvolvimento, suas implicações no mercado de trabalho e a origem e propriedade de criações artísticas feitas com IA. Os desafios, como o uso discriminatório da tecnologia, privacidade e direitos relacionados às criações geradas, colocam em pauta debates filosóficos e, sobretudo, práticos para o futuro da humanidade.
Reflexões para explorar:
- Como a IA influencia a vida cotidiana?
- Há um limite ético para o uso da tecnologia em processos criativos e sociais?
- De que forma o avanço da IA pode comprometer o mercado de trabalho?
Ser mulher no século 21
A luta pela igualdade de gênero é uma pauta atemporal, mas que ganhou novos contornos em 2024. Desigualdade salarial, violência e representatividade feminina em espaços de poder têm sido temas amplamente discutidos em fóruns globais. Este é um tema sensível e requer do estudante embasamento associado a conceitos como igualdade de oportunidades e os desafios culturais, sociais e econômicos que as mulheres enfrentam, tanto no Brasil quanto no exterior.
Tópicos para desenvolver:
- Por que o assédio ainda é um tema relevante, especialmente no ambiente de trabalho?
- Quais os desafios para que mulheres ocupem mais posições de liderança?
- Como combater padrões culturais arraigados que incentivam desigualdades?
Saúde mental e o boom dos autodiagnósticos
O debate sobre saúde mental nunca esteve tão em alta. Contudo, o fenômeno do “autodiagnóstico digital” – promovido por plataformas como TikTok – exige uma abordagem cuidadosa. Ao discutir saúde psicológica a partir do acesso informal à informação, os candidatos podem explorar os perigos da desinformação, a banalização de transtornos e a dificuldade de tratamento para quem realmente necessita de apoio. Este tema inclui também uma visão crítica sobre a responsabilidade digital e os efeitos da disseminação de vídeos sobre autocuidado sem embasamento médico.
Direções possíveis:
- O que motiva o crescimento do autodiagnóstico?
- Como o uso indevido destas informações pode ser prejudicial?
- Qual o papel das redes sociais na conscientização versus a promoção de práticas erradas?
Conclusão
A Fuvest busca não só avaliar habilidades técnicas, como domínio da estrutura dissertativa, mas também analisar a capacidade reflexiva e crítica do candidato ao propor temas tão multifacetados. Independentemente do tema escolhido, a atenção à organização do texto e ao uso de argumentos sólidos é essencial. A preparação, portanto, exige estudo profundo das atualidades e um olhar analítico mais abrangente sobre os grandes debates contemporâneos.
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