A Fuvest continua sendo uma das principais portas de entrada para a Universidade de São Paulo (USP), com milhares de candidatos disputando vagas todos os anos. Entre os cursos mais almejados, a atratividade não se limita à formação acadêmica: muitos querem saber qual retorno financeiro cada carreira pode oferecer.
Embora a remuneração de algumas profissões seja relativamente alta, como no caso da Medicina, outras áreas entre as mais concorridas surpreendem pelo contraste entre a demanda e o salário médio inicial. A seguir, veja um panorama detalhado sobre os vencimentos médios por carreira.
O que você vai ler neste artigo:
Salários médios das carreiras mais concorridas
O levantamento salarial foi realizado pela plataforma Catho, com base em dados atualizados do mercado de trabalho. O estudo revelou que setor de atuação, nível de experiência e localização geográfica influenciam significativamente na média salarial de cada profissão.
Confira os valores:
| Curso | Salário Médio (R$) |
| Medicina | 11.792,41 |
| Relações Internacionais | 5.143,02 |
| Engenharia Aeronáutica | 4.842,14 |
| Audiovisual | 3.671,20 |
| Publicidade e Propaganda | 3.375,27 |
| Ciências Biomédicas | 2.550,09 |
| Psicologia | 2.327,41 |
| Fisioterapia | 2.188,62 |
| Jornalismo | 2.041,22 |
O que explica essas remunerações
A alta concorrência em cursos como Medicina, Engenharia e Relações Internacionais está alinhada não apenas ao prestígio social dessas profissões, mas também à resposta direta às necessidades e tendências do mercado.
No caso da Medicina, o salário elevado é justificado pela abrangência e complexidade da formação, bem como pela carência de profissionais em regiões variadas do país. Com múltiplas especializações e áreas de atuação, o campo torna-se ainda mais lucrativo para quem busca crescimento constante.
Relações Internacionais, por sua vez, tem valorização crescente devido à globalização e à necessidade de profissionais preparados para atuar em diplomacia, comércio exterior, organismos multilaterais e corporações transnacionais — o que exige uma formação ampla em política, economia e idiomas.
A Engenharia Aeronáutica também aparece com remuneração altamente atrativa, reflexo direto da especialização técnica exigida. O setor aeroespacial, ainda que mais restrito em número de vagas, apresenta salários elevados devido ao grau de complexidade e responsabilidade das funções desempenhadas.
Áreas criativas e biomédicas: retorno mais modesto
Nas carreiras ligadas à comunicação e produção cultural, como Audiovisual, Publicidade e Jornalismo, os salários tendem a ser menores, apesar da alta concorrência no vestibular. Isso acontece por vários motivos:
- Grande oferta de profissionais no mercado
- Amplo número de instituições formadoras
- Predominância de estágios e vínculos informais no início da carreira
- Salários que crescem mais lentamente mesmo com experiência
Ainda assim, esses setores têm se reinventado nos últimos anos, principalmente impulsionados pela digitalização. Criadores de conteúdo, produtores independentes e profissionais de marketing digital têm ampliado suas formas de renda e atuação fora dos modelos tradicionais, o que pode impactar positivamente a média salarial no futuro.
Já nas Ciências Biomédicas, Psicologia e Fisioterapia, a remuneração inicial costuma ser abaixo da média nacional para profissionais com ensino superior. Contudo, essas áreas vêm conquistando valorização gradual, especialmente com o avanço das pesquisas e da reabilitação física e emocional na saúde.
A demanda do mercado molda os valores
A razão dos salários serem tão distintos entre cursos igualmente concorridos está na sinergia entre formação e demanda. Áreas como Medicina, Relações Internacionais e Engenharia atendem diretamente a serviços essenciais e especializados com baixa substituição por automação — o que mantém a valorização em alta.
Outras profissões, mesmo com menor remuneração inicial, estão inseridas em setores em expansão, como o digital e os serviços humanizados. A tendência de crescimento para essas carreiras se dá, muitas vezes, no longo prazo e com diversificação das fontes de renda.
A escolha do curso ideal, portanto, deve considerar não apenas o retorno financeiro imediato, mas também perfil pessoal, realização profissional e oportunidades futuras. Ainda que o vestibular da Fuvest represente um desafio acirrado, compreender o cenário profissional por trás da graduação pode ajudar na construção de uma trajetória mais estratégica.
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