Início » Evolução dos modelos atômicos na história da ciência

Evolução dos modelos atômicos na história da ciência

Publicado em

A compreensão do átomo, como unidade fundamental da matéria, passou por transformações profundas na história da ciência. Cada modelo atômico reflete não só uma teoria científica, mas também um marco no avanço das tecnologias e da experimentação.

Desde a Grécia Antiga até a era da física quântica, os modelos evoluíram com base em descobertas experimentais e no aprimoramento matemático. Assim, conhecer essa trajetória ajuda a entender melhor como se construiu o conhecimento científico que hoje sustenta a Química e a Física moderna.

Inscreva-se em nossa newsletter

Receba notícias sobre vestibulares, materiais de estudo gratuitos e informações relevantes do mundo da educação.

*Ao enviar os dados você concorda com a nossa Política de Privacidade e aceita receber informações adicionais.

Modelo de Dalton

No início do século XIX, John Dalton apresentou o primeiro modelo atômico científico, fortemente baseado nas leis ponderais. Ele propôs que:

  • A matéria era composta por átomos indivisíveis, maciços e esféricos, semelhantes a bolas de bilhar.
  • Cada elemento era formado por átomos idênticos em massa e propriedades.
  • Reações químicas ocorriam por rearranjos de átomos, sem criação ou destruição dessas partículas.

Apesar de suas limitações, o modelo de Dalton estabeleceu uma base para o entendimento da composição das substâncias e impulsionou a Química moderna.

Visibilidade inteligente para sua marca

Entre em contato e anuncie aqui!

Thomson e a descoberta do elétron

Em 1898, J.J. Thomson realizou experimentos com tubos de raios catódicos que revelaram a existência de partículas negativas no interior do átomo, os elétrons. Assim surgiu o modelo conhecido como “pudim de passas”:

  • O átomo era uma esfera positiva com elétrons incrustado sem sua superfície.
  • Thomson introduziu a ideia do átomo como divisível.
  • O modelo destacava a neutralidade elétrica, já que as cargas positivas e negativas se equilibravam.

Essa teoria trouxe à tona a natureza elétrica da matéria, abrindo caminho para novas investigações sobre a estrutura atômica.

Rutherford e o núcleo atômico

Em 1911, Ernest Rutherford utilizou partículas alfa para bombardear uma fina lâmina de ouro. Os resultados mostraram que:

  • A maior parte do átomo era formada por espaço vazio.
  • Pequena parte das partículas alfa foi desviada, revelando a existência de um núcleo denso e positivo.
  • Os elétrons orbitavam esse núcleo, como planetas ao redor do Sol, no chamado modelo planetário.

Rutherford revolucionou a concepção atômica ao apresentar uma estrutura com núcleo central e eletrosfera, embora não explicasse a estabilidade dos elétrons em suas órbitas.

Bohr e as camadas de energia

Para resolver os problemas do modelo anterior, Niels Bohr propôs, em 1913, um modelo que introduzia conceitos da mecânica quântica:

  • Os elétrons giram em órbitas circulares fixas, chamadas camadas eletrônicas.
  • Cada camada possui um nível de energia determinado.
  • A movimentação do elétron entre camadas ocorre pela absorção ou emissão de energia, explicando espectros de emissão de átomos.

O modelo de Bohr melhor se adequava à realidade experimental e foi essencial para o surgimento da Química Quântica.

Schrödinger e os orbitais quânticos

Com os avanços da física quântica, em 1926, Erwin Schrödinger propôs o modelo mais aceite atualmente, com base na ideia de que o elétron tem comportamento de onda e não segue órbitas fixas:

  • O elétron ocupa regiões chamadas orbitais, onde há maior probabilidade de encontrá-lo.
  • Esses orbitais são descritos por funções matemáticas, conhecidas como funções de onda.
  • O modelo substitui a noção de trajetória por uma nuvem eletrônica, representando as incertezas da posição do elétron.

Isso representou uma grande mudança na forma de compreender o átomo, levando em conta a incerteza e as probabilidades estatísticas do comportamento das partículas subatômicas.

Comparação entre os modelos atômicos


Modelo



Proponente



Característica principal



Limitações principais


Dalton

John Dalton

Átomo maciço, indivisível

Não considera partículas subatômicas

Thomson

J.J. Thomson

Átomo divisível com cargas negativas no interior

Elétrons fixos, sem explicar estrutura interna

Rutherford

Ernest Rutherford

Núcleo positivo com elétrons em órbita

Não explica a estabilidade do movimento eletrônico

Bohr

Niels Bohr

Elétrons em camadas energéticas fixas

Ineficaz para átomos com muitos elétrons

Schrödinger

Erwin Schrödinger

Orbitais com maior probabilidade eletrônica

Complexo, requer cálculos quânticos avançados

A importância da evolução dos modelos

Cada modelo atômico foi, à sua época, uma explicação válida baseada nos experimentos disponíveis. A substituição de um modelo por outro não invalida o anterior, mas revela um processo contínuo de aperfeiçoamento da ciência, movido por experimentos, cálculos e descobertas.

A evolução dos modelos atômicos mostra que o conhecimento científico é dinâmico e cumulativo, onde cada teoria contribui com parte da explicação até que uma nova descoberta amplie os horizontes anteriores.

Dessa forma, compreender essa trajetória é essencial não apenas para dominar a Química, mas também para desenvolver o raciocínio científico necessário em vestibulares e no ENEM. Trata-se de interpretar fenômenos, avaliar argumentos e aplicar teorias, exatamente as habilidades mais valorizadas nas provas atuais.

Prtanto, dominar os modelos atômicos é, portanto, mais do que memorizar propostas, é conectar teoria com ciência experimental, e usar essa base para entender aspectos fundamentais da matéria e da realidade.

Veja também:

Publicações Relacionadas

Ao continuar a usar nosso site, você concorda com a coleta, uso e divulgação de suas informações pessoais de acordo com nossa Política de Privacidade. Aceito