A história de Joana d’Arc transcende os livros e ganha vida no imaginário popular. Afinal, a jovem camponesa que liderou exércitos e se tornou símbolo da França é uma figura fascinante. Sua trajetória, marcada por visões, batalhas e um julgamento controverso, a transformou em uma das personagens mais emblemáticas da história.
Além de seu inegável heroísmo, Joana d’Arc personifica a força da fé e a crença em um propósito maior. Sua história, repleta de reviravoltas e momentos de grande tensão, continua a inspirar pessoas ao redor do mundo. Descubra os principais aspectos da vida e do legado dessa figura histórica.
O que você vai ler neste artigo:
Nascimento de Joana d’Arc
Joana d’Arc nasceu em 1412, na pequena vila de Domrémy, localizada no nordeste da França. Seus pais, Jacques d’Arc e Isabelle Romée, eram camponeses que tiravam seu sustento da terra. A data precisa de seu nascimento é incerta, mas muitos historiadores acreditam que tenha ocorrido em 6 de janeiro.
A infância de Joana foi marcada pela simplicidade da vida rural e pela forte influência da religião católica. Ela cresceu em um ambiente familiar e, apesar de não ter aprendido a ler ou escrever, recebeu uma educação religiosa sólida. A vila onde nasceu, hoje chamada Domrémy-la-Pucelle, homenageia sua história e seu legado.
A França no século XV e a Guerra dos cem anos
O século XV foi um período turbulento para a França, marcado pela guerra dos cem anos. O conflito, que se estendeu por mais de um século, teve origem em disputas dinásticas entre a França e a Inglaterra. Com a morte do rei francês Carlos IV, em 1328, o rei inglês Eduardo III reivindicou o trono francês, alegando descendência por via materna.
A nobreza francesa, temendo perder sua autonomia, rejeitou a pretensão de Eduardo III com base na Lei Sálica, que impedia mulheres e seus descendentes de assumirem o trono. Filipe VI foi coroado rei da França, o que gerou tensões entre os dois países. A aliança da França com a Escócia em 1337 desencadeou o início da guerra dos cem anos, um conflito que devastaria o país e marcaria a vida de Joana d’Arc.
O envolvimento de Joana d’Arc na guerra
A participação de Joana d’Arc na guerra dos cem anos foi motivada por suas crenças religiosas e pelo desejo de libertar a França do domínio inglês. Ela afirmava ter visões e ouvir vozes divinas, que a orientavam a tomar parte no conflito e a garantir a coroação de Carlos VII como rei da França.
Aos 16 anos, Joana decidiu seguir as orientações que recebia e partiu para Vaucouleurs, onde se encontrou com Robert de Baudricourt, comandante da guarnição francesa. Inicialmente, Baudricourt se mostrou cético em relação às alegações de Joana, mas a insistência da jovem e o apoio da população local o convenceram a levá-la até Chinon, onde se encontrou com Carlos VII.
A coroação de Carlos VII e as vitórias de Joana d’Arc
O encontro de Joana d’Arc com Carlos VII é um dos momentos mais misteriosos de sua história. Não se sabe ao certo como ela conseguiu convencer o rei a lhe dar o comando das tropas francesas, mas o fato é que, a partir dali, ela se tornou uma figura central na guerra dos cem anos.
Sob a liderança de Joana d’Arc, os franceses obtiveram importantes vitórias, como a libertação de Orleans e a conquista de Reims. A tomada de Reims, em particular, foi crucial para a coroação de Carlos VII, que ocorreu em 17 de julho de 1429. A participação de Joana d’Arc na guerra representou uma virada no conflito, impulsionando a moral das tropas francesas e quebrando um ciclo de derrotas.
A captura, o julgamento e a morte na fogueira
Em 1430, durante a Batalha de Compiègne, Joana d’Arc foi capturada pelos borguinhões, aliados dos ingleses. Ela foi vendida aos ingleses e levada para julgamento, acusada de heresia e bruxaria. O julgamento, conduzido pela Inquisição, foi marcado por irregularidades e pressões políticas.
Joana d’Arc foi condenada à morte na fogueira e executada em 30 de maio de 1431, na cidade de Rouen. Sua morte, aos 19 anos, chocou a França e o mundo. Carlos VII, que havia sido coroado rei graças à sua ajuda, não fez nada para impedir sua execução.
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A reabilitação e o legado de Joana d’Arc
Após sua morte, a imagem de Joana d’Arc foi reabilitada. Carlos VII, buscando se desvincular da imagem de uma mulher condenada por bruxaria, obteve do papa Calisto III a anulação de sua condenação. No século XX, Joana d’Arc foi beatificada em 1909 e canonizada em 1920, tornando-se Santa Joana d’Arc, padroeira da França.
O legado de Joana d’Arc é imenso. Ela se tornou um símbolo de coragem, fé e patriotismo, inspirando pessoas de todas as épocas e lugares. Sua história continua a ser contada em livros, filmes, peças de teatro e outras formas de arte, perpetuando seu nome e sua memória. Joana d’Arc é um dos grandes nomes da história francesa e um exemplo de heroísmo e determinação.
Em suma, a trajetória de Joana D’Arc é uma das mais inspiradoras e complexas da história. De camponesa a líder militar, sua fé inabalável e coragem a transformaram em um símbolo da França. Sua história, marcada por vitórias e tragédias, continua a fascinar e inspirar pessoas em todo o mundo.
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