A proficiência na língua portuguesa é um diferencial crucial para o sucesso no Exame Nacional do Ensino Médio, e a regência verbal no ENEM figura como um tópico de constante avaliação. Compreender como os verbos se relacionam com seus complementos é essencial para garantir a clareza e a correção gramatical da sua escrita.
Dominar as particularidades de verbos como “assistir”, “visar” e “implicar” evita deslizes comuns. Essa compreensão aprofundada da regência verbal ENEM é fundamental tanto para as questões objetivas quanto para a construção de uma redação impecável, conforme a norma-padrão. Para estudantes que desejam uma preparação completa, é importante conhecer também outras estratégias para resolver questões de química no Enem, ampliando o domínio em diferentes disciplinas.
O que você vai ler neste artigo:
A importância da regência verbal no ENEM
A regência verbal no ENEM testa a capacidade do estudante de empregar os verbos corretamente em diferentes contextos, prestando atenção às preposições e verbos que os acompanham. Muitos verbos da língua portuguesa podem mudar de sentido e, consequentemente, de regência, dependendo da sua transitividade verbal.
Ignorar essas nuances pode comprometer a coesão e a coerência textual, aspectos valorizados na prova. Entender a regência significa saber que um mesmo verbo pode ser transitivo direto em uma situação e transitivo indireto em outra, exigindo ou dispensando uma preposição específica.
Essa variabilidade é uma das razões pelas quais a gramática para o ENEM dedica atenção especial a esse tema, impactando diretamente a nota final. A habilidade de identificar a transitividade verbal demonstra domínio da norma culta e é um conhecimento que ultrapassa a memorização, exigindo aplicação prática e raciocínio linguístico apurado.
Verbo “Assistir”: múltiplos sentidos e regências
Um dos verbos com dupla regência que mais causam dúvidas na regência verbal no ENEM é “assistir”. Sua polissemia exige atenção redobrada, pois cada significado carrega uma regência específica que o candidato deve dominar para não cometer erros.
Quando “assistir” possui o sentido de ver, presenciar, estar presente, ele é um verbo transitivo indireto (VTI). Nesses casos, a preposição “a” é obrigatória, ligando o verbo ao seu complemento. Errar essa regência é um dos equívocos mais frequentes entre estudantes.
- Exemplos:
- Todos os alunos assistiram ao documentário sobre a crise hídrica. (correto)
- Ele assiste à novela todas as noites. (correto)
- Nós assistimos aos jogos da Copa do Mundo com muito entusiasmo. (correto)
Por outro lado, quando “assistir” significa prestar socorro, ajudar, dar assistência, cuidar, ele se comporta como um verbo transitivo direto (VTD). Nesses casos, não há necessidade de preposição para conectar o verbo ao seu complemento, tornando-se mais intuitivo para alguns falantes.
- Exemplos:
- O enfermeiro assistiu o paciente com dedicação. (correto)
- É dever da comunidade assistir os idosos em suas necessidades. (correto)
- A médica prontamente assistiu a vítima do acidente. (correto – “a” neste caso é artigo, não preposição)
É crucial distinguir esses usos para ter sucesso nas questões de regência verbal ENEM e na redação.
Verbo “Visar”: direto ou indireto, qual escolher?
O verbo “visar” é outro exemplo clássico de verbos com dupla regência que frequentemente aparecem em avaliações de regência verbal no ENEM. Sua regência varia conforme o sentido empregado, demandando clareza por parte do estudante.
Quando “visar” significa mirar, apontar, colocar o alvo, ele atua como um verbo transitivo direto (VTD). Aqui, o complemento se liga diretamente ao verbo, sem intermédio de preposição, o que o torna um uso relativamente simples.
- Exemplos:
- O atirador visou o alvo com precisão. (correto)
- Ele visava a estrela no céu noturno. (correto – “a” neste caso é artigo)
- Ao fotografar, a equipe visava o objeto a ser capturado. (correto)
Entretanto, quando “visar” assume o sentido de ter como objetivo, desejar, pretender, almejar, ele se transforma em um verbo transitivo indireto (VTI). Nesses casos, a preposição “a” é indispensável para a correção da frase, especialmente em contextos formais como os encontrados nas 5 questões muito fáceis de língua portuguesa que já caíram no Enem.
- Exemplos:
- Todo estudante visa ao sucesso no ENEM. (correto)
- A empresa visava à expansão de seus negócios para o exterior. (correto)
- Os políticos visam ao bem-estar da população. (correto)
A correta aplicação da regência verbal no ENEM para “visar” é um indicativo da proficiência linguística do candidato.
Verbo “Implicar”: consequência ou antipatia?
O verbo “implicar” também apresenta uma regência verbal que varia conforme o seu significado, sendo um ponto importante a ser dominado para a regência verbal no ENEM. Suas diferentes acepções podem confundir, mas uma análise cuidadosa elucida a forma correta.
No sentido de acarretar, resultar em, ter como consequência, o verbo “implicar” é um verbo transitivo direto (VTD). É crucial notar que, neste sentido, o uso da preposição “em” é considerado incorreto pela norma-padrão, um aspecto frequentemente cobrado em questões sobre gramática para o ENEM.
- Exemplos:
- O atraso implicou sérios problemas para o projeto. (correto)
- Sua decisão implicará consequências graves para a equipe. (correto)
- A falta de planejamento implicou prejuízos financeiros. (correto)
Por outro lado, quando “implicar” significa ter antipatia, incomodar-se, envolver-se, comprometer-se (com alguém ou algo), ele se torna um verbo transitivo indireto (VTI). Nesses casos, diferentes preposições e verbos são exigidas dependendo do contexto específico.
- Exemplos:
- Ele sempre implicava com os colegas durante a aula. (correto)
- Não se deve implicar com a opinião alheia sem antes compreendê-la. (correto)
- A investigação o implicou em um esquema de corrupção. (correto – aqui “em” é usado em outro sentido de implicar: “envolver-se em”)
A distinção entre essas regências é vital para evitar erros em textos formais e na prova de regência verbal ENEM.
Tabela resumo de regências essenciais para o ENEM
Para facilitar a memorização e o entendimento da regência verbal no ENEM, a tabela a seguir consolida as informações sobre os verbos “assistir”, “visar” e “implicar”, apresentando seus sentidos, regências e exemplos práticos. Esta é uma ferramenta valiosa para revisar e fixar o conteúdo de verbos com dupla regência.
| Verbo | Sentido | Regência e Preposição | Exemplo |
|---|---|---|---|
| Assistir | Ver, presenciar (indireto) | VTI + a | Assistimos à palestra. |
| Assistir | Ajudar, cuidar (direto) | VTD | O enfermeiro assistiu o doente. |
| Visar | Mirar, olhar (direto) | VTD | Visava o alvo com atenção. |
| Visar | Ter objetivo (indireto) | VTI + a | Visava ao sucesso profissional. |
| Implicar | Causar consequência (direto) | VTD | O atraso implicou multas. |
| Implicar | Ter antipatia (indireto) | VTI + com | Ele implicava com o chefe. |
| Implicar | Envolver-se (indireto) | VTI + em | Foi implicado em fraudes. |
Dominar essas especificidades de preposições e verbos é um passo decisivo para alcançar uma excelente performance na prova de Linguagens do ENEM. Além disso, estudantes interessados em aprofundar seus conhecimentos podem explorar figuras de linguagem: resumo e exemplos para complementar sua preparação em língua portuguesa.
Em suma, a correta aplicação da regência verbal no ENEM, especialmente para verbos com múltiplos sentidos como “assistir”, “visar” e “implicar”, é um pilar da competência linguística avaliada no exame. Estudar a transitividade verbal e a exigência de preposições não só aprimora a escrita, mas também garante que o candidato evite deslizes que podem custar pontos valiosos, reforçando a importância de uma sólida base em gramática para o ENEM.
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