Recentemente, um candidato do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem 2024, ganhou destaque nas redes sociais ao relatar que mencionou um grupo de K-Pop em sua redação. A postagem, que rapidamente se tornou viral, levanta a questão sobre a possibilidade de zerar a redação do Enem devido a repertório inesperado como esse. O que cativou a atenção pública foi o uso do grupo sul-coreano aespa, mencionado em conexão com um tema de redação voltado para a valorização da herança africana. Essa escolha despertou tanto discussão quanto curiosidade, levando à especulação sobre como a banca examinadora avaliaria tal alegação.
O que você vai ler neste artigo:
Repertório na redação: mito ou realidade?
É essencial esclarecer que a seleção de um repertório inusitado não é motivo automático para receber uma nota zero na redação do Enem. Professores de redação explicam que o que de fato importa é a capacidade do candidato de articular sua escolha de repertório com o tema proposto. Tudo pode ser considerado válido se bem explicado e relacionado ao contexto da discussão. O conteúdo se torna problemático somente quando informações falsas são apresentadas. De fato, usar referências da cultura pop pode ser tão válido quanto citar eruditos clássicos, desde que haja uma conexão clara e bem fundamentada.
Estratégia de argumentação
A viralização do post do candidato "G" suscitou uma série de debates sobre estratégias argumentativas na redação do Enem. Embora alguns vejam a escolha como ousada, talvez até arriscada, especialistas apontam que pode, sim, resultar em uma pontuação alta, se o candidato conseguir justificar a relevância do grupo aespa para a discussão sobre a herança africana de maneira coesa. E, ao contrário da crença de que redações com repertórios não convencionais serão penalizadas automaticamente, casos anteriores de sucesso provam o contrário. Redações que trouxeram referências a séries de TV, filmes e músicas diversas já alcançaram a nota máxima.
O que o Inep diz?
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que organiza o Enem, define repertório sociocultural como qualquer informação que, de alguma forma, contribui como argumento para a discussão proposta. Este repertório é avaliado na competência 2, que analisa a habilidade do candidato de compreender a proposta de redação e aplicar conceitos relevantes de outras áreas de conhecimento para desenvolver o tema. Assim, um repertório, mesmo que inusitado, se pertinente e bem integrado, não é fator para anular ou zerar uma redação.
A situação vivida pelo candidato que usou o grupo de K-Pop aespa como referência representa uma oportunidade de reflexão sobre as possibilidades oferecidas pelo repertório cultural em provas de redação. Para estudantes buscando excelência no Enem, a lição é clara: o verdadeiro desafio está em saber fundamentar e relacionar suas referências ao tema proposto de maneira convincente e clara. Se interessados em saber mais sobre estratégias e dicas de redação para o Enem, acesse o guia completo aqui.
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