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Como citar Paulo Freire na redação do Enem

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Citar Paulo Freire na redação do Enem é uma estratégia eficaz para enriquecer a argumentação, especialmente em temas sobre desigualdade, cidadania, educação crítica e justiça social. O pensamento do educador é reconhecido por valorizar a consciência política e o papel transformador do ensino. Ao referenciar Freire, o candidato demonstra domínio sobre referências socioculturais e conexão com a realidade brasileira.

Para isso, basta adaptar suas frases com naturalidade dentro do texto dissertativo-argumentativo, mantendo coesão com a tese defendida. O impacto se potencializa ao associar suas ideias com dados, exemplos e propostas de intervenção coerentes.

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Por que Paulo Freire é uma boa referência?

A relevância de Paulo Freire vai além de sua contribuição pedagógica. Seu legado intelectual é internacionalmente reconhecido e está ancorado na defesa da educação como prática para a liberdade e a construção da cidadania. A obra “Pedagogia do Oprimido” tornou-se leitura obrigatória em diversas universidades e aparece como a única publicação brasileira entre os 100 livros acadêmicos mais referenciados em idioma inglês.

Ao propor que a educação não deve se limitar à repetição de conteúdos, Freire promove uma visão humanista e crítica, cuja essência dialoga diretamente com a proposta da redação do Enem: avaliar não apenas a escrita, mas a capacidade de refletir sobre os problemas do Brasil e propor soluções sociais viáveis.

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Como utilizar citações de Freire na argumentação

Empregar frases de Paulo Freire deve ir além da menção decorada: é essencial que a citação esteja alinhada ao argumento e contribua para a construção do raciocínio. A seguir, veja como algumas de suas frases podem ser utilizadas em diferentes contextos temáticos:

  • Educação e justiça social
    “Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é ser o opressor.”
    Essa frase é ideal para contextualizar a importância de uma educação crítica e reflexiva na superação da desigualdade e na formação ética dos cidadãos.
  • Formação humana e afeto na escola
    “Não se pode falar de educação sem amor.”
    Uma citação poderosa para debates sobre o acolhimento dentro das instituições de ensino e a importância de vínculos afetivos no processo de ensino-aprendizagem.
  • Pluralidade de saberes e respeito às diferenças
    “Não há saber mais ou saber menos: há saberes diferentes.”
    Funciona bem para abordar diversidade cultural e respeito às múltiplas formas de conhecimento, especialmente em questões sobre inclusão de populações indígenas, quilombolas ou pessoas com deficiência.

Exemplos de aplicação em temas cobrados no Enem

Analfabetismo funcional

Um dos temas mais urgentes na educação brasileira, o analfabetismo funcional pode ser abordado com uma reflexão freireana. Nesse contexto, considere a frase:

“Aprender a ler e escrever se faz assim uma oportunidade para que mulheres e homens percebam o que realmente significa dizer a palavra: um comportamento humano que envolve ação e reflexão.”

Essa ideia enriquece a tese de que a alfabetização deve ir além da decodificação mecânica de símbolos, sendo instrumento de interpretação crítica da realidade.

Além disso, Freire reforça essa crítica com outra citação complementar:

“A alfabetização é mais, muito mais, do que ler e escrever. É a habilidade de ler o mundo.”

Com essas afirmações, é possível defender políticas públicas voltadas à Educação de Jovens e Adultos (EJA) com base não apenas na inclusão educacional, mas na autonomia cidadã.

Discriminação e desigualdade

Para temas sobre preconceito racial, misoginia ou exclusão social, Paulo Freire oferece uma abordagem ética e crítica. A noção de que o ser humano está em constante formação — “O mundo não é, o mundo está sendo” — favorece argumentos sobre a urgência de mudanças estruturais por meio da educação e do diálogo.

Também se destaca o uso da educação como ferramenta de enfrentamento à opressão cultural e econômica:

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção.”

Nesse sentido, o candidato pode construir uma proposta de intervenção voltada à promoção da igualdade, através de currículos escolares inclusivos e formação docente com viés antidiscriminatório.

Boas práticas ao citar Paulo Freire na redação

  • Seja estratégico: insira a citação de modo que ela reforce o ponto de vista defendido, evitando usá-la apenas de forma ilustrativa.
  • Contextualize: indique quem é Paulo Freire, principalmente se utilizar uma de suas frases mais impactantes.
  • Não force a citação: escolha frases que se relacionem genuinamente com o tema proposto.
  • Evite exageros: incluindo o pensador apenas uma vez e priorizando o equilíbrio com dados, exemplos e outras referências socioculturais.
  • Mantenha coerência temática: a fala de Freire deve conduzir aprofundamento do tema, e não apenas parecer um enfeite retórico.

Conclusão

Empregar citações de Paulo Freire de forma consciente é uma ferramenta poderosa na redação do Enem. Suas ideias embasam argumentos sólidos, propõem reflexões cidadãs e contribuem para construir textos com maior profundidade social. Com isso, o estudante demonstra não apenas domínio sobre o tema, mas também um comprometimento crítico com a transformação da realidade por meio do conhecimento.

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