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Livros infantis para redação do Enem e vestibulares

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O universo da literatura infantil está longe de ser apenas lúdico e superficial. Muitas obras voltadas às crianças abordam, de forma sensível e acessível, temas densos e sociais, refletindo sobre cidadania, diversidade e desigualdade.

Por isso, livros infantis podem fornecer repertório sociocultural de qualidade para a redação do Enem e de vestibulares. A seguir, confira sete títulos que abordam temas atuais e relevantes, e como citá-los estrategicamente.

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A eleição dos bichos

A obra de André Rodrigues, Larissa Ribeiro, Paula Desgualdo e Pedro Markun apresenta uma fábula com forte viés político, narrando a história de animais insatisfeitos com o governo autoritário do Leão. Eles convocam eleições democráticas com a participação de outros animais da floresta.

Este livro é útil como repertório para temas ligados à democracia, participação cidadã, representação política e o exercício do voto. Ele mostra de forma metafórica a importância da pluralidade de ideias e do combate ao autoritarismo, podendo ser citado como uma crítica à ausência de representatividade nas instituições brasileiras.

Sinto o que sinto e a incrível história de Asta e Jaser

Lançado por Lázaro Ramos, este livro infantil discute educação emocional sob o ponto de vista de uma criança que aprende a nomear e entender seus sentimentos. Além disso, propõe reflexões importantes sobre ancestralidade e diversidade étnico-racial.

A obra se encaixa em redações que abordam saúde mental, empatia, educação emocional e valorização das culturas afro-brasileiras. Pode enriquecer argumentos sobre a necessidade de uma educação mais humanizada e inclusiva.

Chupim

Assinada por Itamar Vieira Junior e Manuela Navas, “Chupim” retrata o cotidiano de uma criança do campo que precisa acompanhar os pais nas tarefas agrícolas. Ao fazer isso, o livro evidencia o trabalho infantil, suas causas e suas consequências, especialmente em áreas rurais dominadas por grandes proprietários.

Essa narrativa fornece base para discussões sobre desigualdade social, infância negligenciada, exploração trabalhista e negação do direito à educação. É um excelente exemplo para tratar o problema estrutural do trabalho precoce no Brasil.

Quinzinho

Escrito por Luciano Ramos e ilustrado por Bruna Assis Brasil, o livro fala sobre racismo na infância. Quinzinho, o protagonista, sofre uma situação de preconceito na escola, que gera reflexões importantes sobre autoestima negra e o papel da família na construção da identidade das crianças.

A obra é impactante e altamente relevante para desenvolver temas como discriminação racial, racismo estrutural e enfrentamento da desigualdade. Ela reforça a necessidade de políticas educacionais antirracistas e de ações afirmativas desde a infância.

Os invisíveis

De Tino Freitas e Odilon Moraes, “Os invisíveis” retrata a vida de um menino que consegue enxergar pessoas que todos ao redor ignoram, como moradores de rua e trabalhadores informais. Com o crescimento, ele vai perdendo essa sensibilidade e se torna indiferente, como os adultos ao seu redor.

É uma crítica precisa à naturalização da desigualdade social e à indiferença cotidiana presente nas grandes cidades. A obra serve como repertório eficaz para discussões sobre preconceito social, exclusão urbana e invisibilização de determinados grupos pela sociedade e pelo poder público.

Entre sonhos e dragões

Com autoria de Fernando Vilela e texto de Socorro Acioli, este livro discute o poder da imaginação, da literatura e da memória como fatores de resistência para populações socialmente invisibilizadas. A linguagem poética contrasta com a dureza dos temas abordados: exclusão, miséria e resiliência.

É indicado como repertório em propostas que tratam sobre o papel da arte, da leitura e da cultura no desenvolvimento humano e no combate às desigualdades. Também pode compor argumentos sobre a importância do acesso à cultura em contextos de vulnerabilidade social.

O menino marrom

Clássico de Ziraldo, traz uma potente reflexão sobre o racismo a partir da amizade entre um menino branco e outro negro. Embora simples, a narrativa destaca os primeiros contatos com o preconceito e os limites impostos pela sociedade desde cedo.

É um livro largamente reconhecido e pode ser usado como exemplo em temas que discutam intolerância, exclusão racial e a importância da diversidade desde o ambiente escolar. Ajuda também na argumentação a favor de ações educativas antirracistas e da representação positiva de negros na literatura infantil.

Essas obras, além de simples em linguagem, são profundas em significado. São ferramentas poderosas para desenvolver argumentos embasados e empáticos na redação. Citar livros infantis mostra não apenas repertório, mas também sensibilidade crítica, algo cada vez mais valorizado pelas bancas avaliadoras.

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